sábado, 6 de fevereiro de 2010

Após acordo, Raupp ganha vice-presidência do PMDB

GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O senador Valdir Raupp (PMDB-RO) fechou acordo com o senador Romero Jucá (PMDB-RR) para ser eleito vice-presidente do PMDB neste sábado. Como o presidente da legenda, Michel Temer (PMDB-SP), deve se licenciar do cargo para disputar a vice-presidência da República na chapa da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), o vice vai assumir o comando do partido com o seu afastamento.

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Raupp e Jucá disputavam o cargo nos bastidores, mas decidiram fechar o acordo para mostrar que há unidade no PMDB em torno da reeleição de Temer. A convenção do partido, que se realiza hoje em Brasília, vai eleger a nova executiva nacional peemedebista.

"Não tinha nenhuma lógica já que havia praticamente consenso pra uma chapa única. Não houve nenhuma queda de braço, nenhuma disputa. Foi um exercício da democracia partidária com o PMDB saindo fortalecido, reunido", disse Raupp.

No acordo, Jucá será eleito terceiro vice-presidente do PMDB. A segunda vice será ocupada pela deputada Iris Araújo (GO), enquanto o deputado Eunício Oliveira (PMDB-CE) deve ocupar a tesouraria do PMDB.

Raupp disse que, se Temer se afastar do comando do partido, vai trabalhar pela continuidade do processo de unidade da legenda. "Se o presidente Michel Temer talvez for indicado vice na chapa da ministra Dilma, talvez ele deva se licenciar, daí eu terei muita satisfação de assumir o partido, continuando esse processo de unidade, estruturando nos Estados para que o PMDB possa sair dessas eleições com a vitória em todos os níveis", afirmou.

Jucá disse que a unidade do PMDB deve estar acima da disputa de cargos no PMDB. "Estamos em um grande momento do PMDB que se constrói com gestos, não com vetos. A questão não é o cargo, mas como a gente constrói a unidade", afirmou.

O discurso dos peemedebistas é de unidade para mostrar que Temer tem o apoio da maioria da legenda para disputar a vice-presidência da República na chapa de Dilma --apesar da pressão contrária do grupo que defende candidatura própria ao Palácio do Planalto.

Convenção

Na convenção, os peemedebistas vão eleger o novo diretório nacional do partido --que, logo depois de eleito, vai escolher a executiva nacional (comando) da legenda. Temer será aclamado presidente do PMDB, mesmo com a pressão dos diretórios de São Paulo, Paraná e Santa Catarina para o adiamento da convenção.

Os diretórios tentaram suspender judicialmente a convenção, mas o STJ (Superior Tribunal de Justiça) derrubou a liminar que adiava o encontro do partido. O grupo defende a candidatura do governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB), ao Palácio do Planalto --sem a consolidação da aliança com o PT previamente anunciada pela cúpula da legenda.

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