quinta-feira, 28 de julho de 2011

PMDB não está imune à ´faxina´

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O vice-presidente ressaltou que deve haver fiscalização em todos os partidos que integram o governo
FOTO: AGËNCIA CÂMARA
Mais um suspeito de fazer parte do esquema de corrupção nos Transportes caiu. Foi o 19º a deixar o cargo
São Paulo. A crise no governo federal envolvendo o Partido da República (PR) pode deixar outros partidos aliados em "saia justa". Ontem, o vice-presidente da República, Michel Temer, disse que seu partido, o PMDB, não está imune à "faxina" que a presidente Dilma Rousseff (PT) está promovendo no governo, mas ressaltou por duas vezes que a fiscalização deve ser exercida sobre "todos os partidos".

"Fiscalização deve ser normal em relação a todos os partidos políticos que integram o governo", afirmou após participar de um evento na capital paulista. "O PMDB, assim como todos os partidos, tem que se submeter aos regimes normais de controle", finalizou.

Bastidores
A possibilidade de investigação de membros do PMDB em postos de comando federal começou a circular nos bastidores políticos após a crise iniciada há mais de 20 dias no Ministério dos Transportes, que derrubou, até ontem, 19 pessoas, a maioria ligada ao PR.

Rumores de que peemedebistas poderiam ser os próximos alvos trouxeram certo desconforto à base aliada do governo. Parte do PMDB acredita que alas do PT teriam dado início à boataria para deixar o partido sob suspeição.

´Moralização´
A prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins (PT), comentou o que ela considera ser uma "faxina moralizadora" no Ministério dos Transportes e em órgãos ligados à pasta. Ontem, durante visita às obras de reconstrução da Praça do Mirante, no Morro Santa Terezinha, no bairro Mucuripe, ela disse esperar que medidas semelhantes sejam adotadas em outros ministérios. "Espero que ela (Dilma) consiga levar até o fim essa conduta e seja exemplo para outros ministérios", declarou.

Exonerações
O diretor de Infraestrutura Ferroviária e diretor interino de Administração e Finanças do Dnit, Geraldo Lourenço de Souza Neto, pediu demissão ontem. Ele é réu em uma ação penal no Tocantins, na qual é acusado de corrupção passiva e falsidade ideológica. Ele era indicado do senador Magno Malta (PR-ES).

Agora resta apenas um diretor do Dnit no cargo, Jony Marcos do Valle Lopes, da diretoria de Planejamento. Lourenço é o 19º a deixar o governo após ter sido revelado esquema de corrupção nos Transportes. Antes, cinco dos sete diretores originais haviam saído após denúncias de irregularidades.

O Diário Oficial da União de ontem publicou as exonerações "a pedido" de Hideraldo Caron e de Luiz Antonio Pagot, dos cargos de diretor Infraestrutura Rodoviária e de diretor-geral do Dnit, respectivamente, ainda em decorrência de denúncias de irregularidades na Pasta.

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