sexta-feira, 20 de maio de 2011

Alckmin quer Serra à frente de instituto tucano para "unir o partido"


 

São Paulo – O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, defendeu publicamente a indicação de seu antecessor, José Serra, para o comando do Instituto Teotônio Vilela, ligado ao PSDB. A sugestão vinha sendo defendida em conversas de líderes tucanos e pode desagradar ao ex-senador Tasso Jereissati (CE), indicado para o posto desde o fim de seu mandato, em janeiro deste ano. O governador paulista acredita que a saída poderia unir o partido.
Alckmin afirma ter discutido a possibilidade com o próprio Serra na quarta-feira (16), quando ambos estiveram em Brasília. "Conversamos sobre isso... Acho Serra um ótimo nome, preparadíssimo, pode dar uma boa contribuição ao partido no Instituto Teotônio Vilela", recomendou. "O que nós vamos fazer é ajudar para unir o partido, para todos estarem representados", disse Alckmin a jornalistas após cerimônia no Palácio dos Bandeirantes nesta quinta-feira (19).
O instituto funciona como centro de estudos e de formação política no PSDB. A escolha da direção do órgão, bem como toda a executiva serão eleitos no próximo dia 28, data da convenção partidária. Atualmente, Luiz Paulo Vellozo Lucas, candidato derrotado na disputa para o governo do Espírito Santo em 2010, comanda o instituto. Ele deve retornar aos quadros do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), do qual é funcionário de carreira concursado.
A acomodação de Serra no instituto contornaria a divisão no PSDB para a definição da presidência da legenda. O senador Sérgio Guerra (PE), que ocupa o posto, é candidato à reeleição, mas Serra estava articulando junto aliados a possibilidade de chegar ao cargo.
Além das incertezas em relação aos rumos dos partidos de oposição – especialmente após o esvaziamento do DEM a partir da criação do PSD pelo prefeito de São Paulo Gilberto Kassab –, os tucanos assistem a divisões internas. Serra, Alckmin e o senador Aécio Neves, ex-governador de Minas Gerais, são apontados como interessados em mudar o equilíbrio de forças na sigla, com vistas à candidatura à Presidência da República em 2014.

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