domingo, 8 de maio de 2011

Convenção do PSDB-SP prega união do partido no estado, mas não fecha nome de secretário-geral

Flávio Freire

Serra e Alckmin participam da convenção do PSDB de São Paulo. Foto:  Marcos Alves SÃO PAULO - Em meio à crise interna que assola o PSDB, os tucanos Geraldo Alckmin e José Serra não pouparam esforços para mostrar no sábado unidade em meio à uma briga de bastidores que coloca os dois em campos opostos. Depois de chegarem juntos à convenção estadual do partido — Serra dirigindo o próprio carro e Alckmin no banco do carona —, os dois até bateram o martelo em torno de uma chapa única para o novo diretório, mas a discussão sobre quem ocuparia o cargo de secretário-geral ainda gerava atritos. Como não houve acordo, a eleição foi adiada.
Conforme o Globo antecipara, os grupos de Serra e de Alckmin decidiram apoiar uma chapa única para o Diretório Estadual.
De um lado, o grupo ligado a Alckmin quer a reeleição de Cesar Gontijo, enquanto deputados próximos a Serra insistiam em ficar com o posto.
— Não há disputa interna nem crise no PSDB. O que precisamos é fortalecer nosso discurso de oposição — desconversou Serra, considerando a recente debandada de integrantes do partido como uma "questão isolada".
Na mesma sala, Geraldo Alckmin também foi diplomático:
— O partido está mais forte do que nunca — disse o governador, que tem travado uma luta pessoal na política paulista contra o grupo ligado ao prefeito Gilberto Kassab, responsável pela criação do PSD.
Outros tucanos também evitaram jogar combustível na crise, mas ninguém descartou uma aproximação eleitoral entre os tucanos e o PSD nas próximas eleições. Os ânimos se acirraram no PSDB justamente porque muitos dos dissidentes anunciaram que ingressariam no PSD.
— A aproximação eleitoral (entre PSDB e PSDB) para 2014 é possível, mas precisamos ter cautela. Precisamos saber antes se esse partido vai ser oposição ou governo — disse ele.
Para o ex-governador de São Paulo, Alberto Goldman, a recente saída de integrantes do partido é um "caso isolado".
Senador Aloysio Nunes Ferreira na convenção do PSDB em SP. Foto: Marcos Alves - Não tem crise no PSDB. O que aconteceu na bancada de vereadores é um caso isolado.
Disputas internas são naturais em qualquer organismo vivo - argumentou.
O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) também minimizou a crise.
— Não estou vendo crise nenhuma. O que estou vendo aqui é uma convenção forte de um partido que é a maior força política do país — disse ele.
Sobre a possibilidade de uma aliança com o partido criado pelo prefeito Gilberto Kassab, disparou:
— Não considero o PSD nosso adversário, pelo contrário, ele é do nosso campo.


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