quarta-feira, 27 de abril de 2011


Anderson PassosAgências
Rodrigo Garcia deve ir para Desenvolvimento Social; Afif será substituído por tucano Paulo Barbosa na pasta de Desenvolvimento Econômico - São Paulo
 
Em meio à debandada e à troca de farpas de quadros que estão deixando o PSDB, o governador Geraldo Alckmin articula nos bastidores para garantir a participação do aliado DEM no governo estadual numa tentativa de reforçar a aliança construída na gestão José Serra e ainda para tentar demover parte dos vereadores que anunciaram sua saída do PSDB.



No plano do governo, a estratégia, construída numa reunião que teve à mesa representantes do governo, a cúpula nacional do DEM - representada pelo presidente nacional do partido Agripino Maia - e lideranças da Assembleia Legislativa selou ontem a saída do vice-governador Guilherme Afif Domingos da pasta de Desenvolvimento Econômico. 
 
 
Afif acompanhou o prefeito da capital, Gilberto Kassab, no projeto de fundar o PSD, o que gerou desconforto entre os Democratas, que reclamaram de perda de espaço no Palácio dos Bandeirantes - sede do governo paulista.



A articulação definiu que o DEM ficará com a pasta de Desenvolvimento Social, hoje sob os cuidados do deputado estadual Paulo Barbosa (PSDB). O Democratas vai indicar o deputado federal Rodrigo Garcia para a vaga enquanto Barbosa ocupará a pasta de Desenvolvimento Econômico, tocada por Afif. 
 
Entre os projetos contemplados pela pasta a ser ocupada pelo DEM estão o programa Bom Prato, que serve 44 mil refeições por dia a R$ 1, e o Viva Leite, que distribui leite para 700 mil famílias por mês. Alckmin quer fazer dessas e de outras iniciativas da secretaria uma marca social de sua segunda passagem pelo governo paulista.



Por ora, a pasta de Agricultura e Abastecimento não faz parte dos planos do DEM. O governo procura um quadro técnico para a cadeira do secretário João Sampaio, que está demissionário. Fontes sinalizam que Sampaio pode ser substituído por Cesário Ramalho, presidente da Agrishow e da Sociedade Rural Brasil (SRB).



Vereadores



Outra frente de batalha de Alckmin é a Câmara de Vereadores de São Paulo que, recentemente, viu seis quadros abandonarem o ninho tucano. Ontem, o governador Geraldo Alckmin deu carta branca para que o líder da sigla na Casa, vereador Floriano Pesaro, procure os rebeldes.



A ofensiva foi definida após um café da manhã no qual participaram Pesaro e o secretário da Casa Civil, Sidney Beraldo.



"Não queremos que ninguém saia do partido", disse Floriano.



Para desfazer ou minimizar os estragos que culminaram na eleição do secretário de Gestão Pública Júlio Semeghini para a presidência do diretório do PSDB da capital, Alckmin admite oferecer cargos na executiva e na secretaria geral do diretório para atrair os insatisfeitos.



O partido corre contra o tempo já que, até o momento, nenhum vereador formalizou a desafiliação do PSDB. "Agora é sanar os erros cometidos neste processo, erros de avaliação política em relação a 2012. Erramos em não perceber que a força do PSDB se dá através de seus parlamentares", admitiu o líder na Câmara.



Na semana passada, os vereadores Dalton Silvano, José Police Neto, Ricardo Teixeira, Gilberto Natalini, Juscelino Gadelha e Souza Santos anunciaram a saída da legenda.



A crise no PSDB municipal é consequência do desgaste entre os vereadores, que apoiaram a eleição do prefeito Gilberto Kassab em 2008 e os alckmistas, que conquistaram o comando da sigla em São Paulo. As disputas internas na sucessão municipal agravaram a crise, que se arrastava desde 2008.

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