PDT - Partido elege Lupi presidente pela terceira vez (Tribuna da Imprensa)
BRASÍLIA - Pela terceira vez, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, foi reeleito ontem para a presidência do PDT. Ele comandará o partido pelos próximos dois anos. Para evitar atritos com a Comissão de Ética do Palácio do Planalto, Lupi avisou que continuará afastado da presidência do partido, deixando o comando a cargo dos dois vice-presidentes: o deputado Vieira da Cunha (RS) e o ex-deputado Wagner Lago.
Carlos Lupi assumiu a presidência do PDT depois da morte de Leonel Brizola. Desde então, comanda o partido com sucessivas reeleições no cargo. Em 2007, a Comissão de Ética do Palácio do Planalto recomendou a saída de Lupi da presidência do partido ou do ministério. Na época, os integrantes da Comissão alegaram que não era possível Lupi exercer as duas funções ao mesmo tempo, pois feria o Código de Ética. O afastamento de Lupi da presidência do PDT ocorreu em março de 2008. Desde então, a presidência é ocupada interinamente por Vieira da Cunha.
Durante a convenção do partido, o ex-deputado Vivaldo Barbosa (RJ) tentou apresentar uma questão de ordem para que Lupi não fosse reeleito sob a alegação de que a Comissão de Ética do Planalto impedia que o ministro comandasse o partido. Barbosa não conseguiu apresentar a questão de ordem e, no momento da votação, acabou votando em Lupi, que foi reeleito por unanimidade.
O deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força Sindical, foi reeleito para a Executiva do partido, mantendo-se no cargo de vogal. No ano passado, Paulinho se envolveu em escândalo sobre um suposto desvio de dinheiro do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), mas acabou absolvido pelo Conselho de Ética da Câmara.
Além de reeleger Lupi, a convenção nacional do PDT também seria palco de um ato de desagravo ao governador do Maranhão, Jackson Lago, que teve o mandato cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na última quarta-feira. Mas o governador preferiu ir para o interior do Maranhão e não apareceu na convenção. "Ele (governador) está cumprindo a agenda normalmente até que todos os recursos à Justiça contra a cassação estejam esgotados", explicou Wagner Lago, que é irmão do governador maranhense. Várias faixas favoráveis ao governador foram espalhadas na sede do partido. "O povo do Maranhão já decidiu no voto. O PDT não aceita o tapetão."
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