quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Ato em Porto Alegre reverencia memória de Getúlio Vargas


Presidente do PDT em exercício, deputado Vieira da Cunha

Diferente do cenário hostil que levou Getúlio Vargas ao suicídio em 24 de agosto de 1954, as forças trabalhistas do Rio Grande do Sul deram um exemplo de unidade em ato cívico na manhã deste domingo, 24, junto ao monumento à Carta-testamento, na Praça da Alfândega, em Porto Alegre.

PDT, PMDB e PTB, que estão unidos em coligação pela prefeitura da capital, pregaram uma unidade política também no cenário nacional, "como resgate histórico da memória de Vargas", conforme disse o prefeito de Porto Alegre e candidato à reeleição, José Fogaça.

(Do site do PDT – Trabalhismo de Verdade)


Nosso comentário:

O 24 de agosto representa um dia inesquecível para o trabalhismo brasileiro.

Esta data é comemorada em todo o país pelos verdadeiros trabalhistas.

“O pau se conhece pela casca”.

Quem não cultua a memória de Vargas não pode ser considerado trabalhista.

Será, no mínimo, impostor.

Hoje em dia, pode-se, até, combatê-lo, mas ignorar, nunca!

Hélio Fernandes, ao ensejo do 58º aniversário da morte de Getúlio Vargas escreveu, em sua coluna, na Tribuna da Imprensa:

“A renúncia pela morte, liquidando os inimigos.
Há 54 anos, Getúlio Vargas, pela primeira vez presidente eleito do Brasil, se matava. Foi o golpe mais genial de toda a história, não só nossa, mas do mundo inteiro. Getulio, apenas com um tiro, "deixou a vida para entrar na História", mas eliminava também, de forma irrecuperável, todos os inimigos ou adversários. A palavra que usei tem que ser repetida: GENIAL.”

Hélio Fernandes não disse, mas sabe que o que ele designa "inimigos ou adversários" de Vargas se abrigavam, todos, no raivoso segmento designado como "Banda de Música da UDN" e que viria inspirar a cassação do mandato e suspender os direitos políticos, por dez anos, do eficiente Deputado Federal udenista, lançado por Aquidauana, Edson Brito Garcia, pelo "terrível delito" de ser integrante da ala progressista do mesmo partido, intitulada "Bossa Nova", motivo porque caiu em desagrado dos caciques do udenismo sul-mato-grossense.

Igual destino teve o Deputado Federal, também da UDN progressista, Wilson Barbosa Martins. que "curtiu" longos dez anos de suspensão de seus direitos políticos, mas felizmente, pôde completar sua excelente biografia. Isto, para não falarmos do ex-Ministro da Saúde e Deputado Federal Wilson Fadul, lider máximo do trabalhismo mato-grossense, bem como seus seguidores, implacavelmente perseguidos, presos, torturados, cassados e reformados, tudo por inspiração e até, por ordem, de líderes udenistas, das quais temos comprovação documental e, cujo maior mártir, em Aquidauana, foi Adonis Gonçalves.

Indaga-se: qual a comemoração, do dia 24 de agosto, feita em Aquidauana, por aqueles que se aboletaram nas siglas trabalhistas e o que, realmente, pensam a respeito.

É compreensível o dilema das lideranças pseudo-trabalhistas de Aquidauana:

Como conciliar o culto à memória dos seus antepassados udenistas, inimigos figadais de Vargas e, ao mesmo tempo exaltar a maior figura política do Brasil, no século XX e, dos seus mais fiéis seguidores, Alberto Pasqualini, Jango Goulart e Leonel Brizola?

Só o tempo “passará a limpo” esta incongruência!

Estas considerações são provocados pelos questionamentos trazidos à baila por Caio Miranda de Barros e Lúcia Regina Bica de Abreu, sobre supostas incompatibilidades ideológicas entre agremiações partidárias aquidauanenses, cujo mérito, sem dúvida, corresponde ao fato de ter "levantado a bola" para a discussão política nesse campo.

(Edson Paim escreveu)

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