Luiz Carlos Murauskas/FolhaPortento do mundo dos negócios, Antônio Ermírio de Moraes certa vez definiu a política assim: “É a arte de votos aos pobres, pedir recursos financeiros aos ricos e mentir para ambos depois”.
Ao lançar o seu “novo” partido, em São Paulo, o prefeito Gilberto Kassab, ‘ex-demo’, subverteu a ordem do enunciado de Ermírio.
Dono de uma legenda por estruturar, Kassab ainda não teve a oportunidade de pedir votos para o PSD.
Tomado pela desenvoltura com que corre o país, o prefeito tampouco parece preocupado com as finanças. Os recursos brotam ao redor.
Assim, Kassab inicia suaa nova empreitada política pelo fim: a mentira. Há 24 horas, dissera, na Bahia, que o PSD seria uma legenda “independente”.
Nesta segunda (21), declarou que o partido fará “oposição responsável” ao governo Dilma Rousseff. Ao discursar para uma platéia de cerca 100 pessoas, Kassab assegurou que sua agremiação não integrará o condomínio partidário que apóia Dilma.
Negou também que vá fazer oposição ao governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB):
"Aqui em São Paulo, fomos aliados ontem e continuaremos aliados. Esse compromisso é indestrutível".
Guilherme Afif Domingos, o vice de Alckmin que migra do DEM para o PSD, ecoou Kassab:
"O meu atrito não é com o PSDB, mas com o DEM. O governador está a par de tudo".
Kassab também declarou que não cogita fundir a nova legenda com o governista PSB ou com o PMDB do vice-presidente Michel Temer. Ao menos até 2012, as duas legendas vão operar apartadas: "Não faremos fusão. Fomos convidados por duas legendas, o PMDB e o PSB...”
“...E definimos, nas últimas semanas, que o partido caminhará com nossas próprias pernas nas eleições municipais do ano que vem".
Espremendo-se tudo o que foi dito, obtem-se o sumo da pantomima.
Kassab deixa o DEM com o deliberado propósito de achegar-se a Dilma. Independência? Oposição responsável? Tudo conversa fiada.
Em São Paulo, o objetivo de Kassab não é senão o de disputar o governo em 2014. Opera para apear Alckmin, potencial candidato à reeleição, da cadeira de governador. Manutenção da aliança? Lorota.
Kassab refreou o plano de fundior o PSD ao PSB do governador pernambucano Eduardo Campos por necessidade, não por convicção.
A fusão instantânea iria à Justiça Eleitoral como deslavada fraude. Melhor esticar a o faz-de-conta até depois da eleição municipal de 2012.
No instante em que tiver de pedir votos aos pobres, retomando o exercício da política na ordem preconizada por Ermírio, Kassab terá alguma dificuldade.
O Datafolha acaba de traduzir em números algo de que já se suspeitava: a popularidade de Kassab definha. Em quatro meses, caiu 8 pontos percentuais (de 37% para 29%) o índice de aprovação da gestão de Kassab na prefeitura.
Os paulistanos que avaliam a administração Kassab como regular passaram de 30% para 27%.
Saltou de 31% para 43% a soma dos que o classificam como um prefeito ruim ou péssimo. É a mais vistosa taxa de reprovação desde a posse de Kassab, em 2006.
"A nossa motivação é, até o último dia da gestão, continuar fazendo um bom trabalho, atendendo às nossas metas", disse Kassab.
Beleza. Quando lhe cair a ficha, Kassab talvez volte a atribuir à gestão da prefeitura a prioridade que passou a dispensar à constituição do novo partido.
Escrito por Josias de Souza às 19h17
Fábio Pozzebom/ABr
Como governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT) pôs o ponto final num enredo que começou a ser escrito quando ele era ministro da Justiça de Lula. Tarso cassou a aposentadoria de Flávio Vaz Netto, um dos protagonistas da Operação Rodin, deflagrada pela Polícia Federal em 2007. Ex-dirigente do Detran-RS, virado do avesso pela PF do ex-ministro Tarso, Flávio Vaz pedira aposentadoria depois de ser preso, há quatro anos.
Agora, munido de parecer da Procuradoria do Estado, o governador Tasso passou na lâmina o benefício deferido na gestão da antecessora tucana Yeda Crusius.
Alexandre Curvelo, advogado de Flávio Vaz, disse que vai ingressar com recursos nas esferas administrativa e judicial.
Escrito por Josias de Souza às 18h03
Fernando Bizerra Jr./EFEO ministro Guido Mantega falava sério quando vaticinou que a correção da tabela do IR teria de ser compensada com novos cortes e elevação de tributos. A tabela do Imposto de Renda continua do mesmo jeito. Por ora, nada dos prometidos 4,5%.
Na outra ponta, elevou-se o imposto de bebidas (água mineral, cerveja e refrigerantes). Coisa de R$ 1 bilhão.
E, nesta segunda (21), a faca desceu de novo sobre o Orçamento de 2011, já lipoaspirado em R$ 50,1 bilhões.
Realizaram-se três novos talhos. Um privou o Legislativo de investir R$ 80,6 milhões.
Outro subtraiu do borderô do Judiciário R$ 373,2 milhoes. O terceiro fez sumir R$ 123 milhões das arcas do Ministério Público da União.
Tudo somado, chega-se a uma facada extra de R$ 577,1 milhões. Mantega havia estimara que a correção da tabela do Imposto de Renda resultaria em perda de arrecadação de R$ 1,6 bilhão.
Sem alarde, o governo foi buscar a diferença no bolso dos consumidores de bebidas e nos nichos do Orçamento que acomodam rubricas de interesse de congressistas, magistrados e procuradores.
Escrito por Josias de Souza às 15h35
Jason Reed/Reuters A atmosfera turístico-festiva que marcou a passagem de Barack Obama pelo Brasil constrata com o cenário belicoso que se arma contra ele nos EUA.
Em notícia destacada na primeira página, o ‘The New York Times’, diário americano mais influente no mundo, esboçou o drama de Obama. O texto anota que, ao autorizar a participação dos EUA na coalizão que bombardeia a Líbia, Obama tornou-se, ele próprio, alvo.
É atacado à direito e à esquerda. Dissemia-se a impressão de que tornou-se complicado para Obama manter o foco na crise econômica doméstica.
A notícia realça o esforço de Obama para injetar aparência de normalidade numa cena anormal. Ele tenta minimizar o papel dos EUA na Líbia.
No discurso feito no Rio, diz o texto, Obama citou apenas superfialmente a nova encrenca militar dos EUA no mundo muçulmano.
Congressistas republicanos, adversários de Obama, insinuam que ele demorou demais a agir em defesa dos rebeldes que se opõe ao ditador Muammar Gaddafi.
Pior: além de demorar, dizem os republicanos, Obama não explicou adequadamente os objetivos da ação milutar. Revelou-se um líder fraco. Em casa e no exterior.
O jornal reproduz declarações do senador republicano Lindsey Graham, da Carolina do Sul, à emissora de TV Fox.
Graham disse que não sabe o que levou Obama a autorizar a ação militar na Líbia. E declarou-se preocupado com o fato de os EUA ocuparem "o banco de trás", em vez de exercer o "papel de líder".
Integrantes do partido Democrata, ao qual Obama é filiado, saíram em defesa do presidente. Mas também expressaram preocupação.
Receiam que Obama pode ter extrapolado os limites de sua autoridade ao não submeter o bombardeio da Líbia à deliberação do Congresso.
Os ataques aéreos contra as forças de Gaddafi contrastam com a intenção da Casa Branca de reduzir a presença americana no Afeganistão.
Num instante em que o Oriente Médio arde, a investida na Líbia introduz no cenário dos EUA uma novidade de consequências imprevisíveis.
No terceiro ano de sua presidência, recorda o jornal, Obama insinuava a intenção de se concentrar na busca de soluções para desemprego e a crise econômica doméstica.
De olho na reeleição e à margem das manobras da oposição no Congresso, tenta reconquistar eleitorado independente e morderado.
O ataque à Líbia entra nessa equação como um complicador. Sobretudo porque Obama chegou à Casa Branca cavalgando um sentimento anti-belicista.
As pesquisas detectam o crescimento da aversão do americano à opção pelas armas. E Obama tornou-se administrador de três conflitos.
Dois herdados –Iraque e Afeganistão— e um terceiro, o da Líbia, recém-nascido sob seu comando.
Enquanto Obama cumpria sua agenda no Rio, última escala da passagem pelo Brasil, a Casa Branca esforçava-se para se contrapor às críticas.
O jornal reproduz parte do discurso pronunciado por Obama no Theatro Municipal do Rio.
Escreve que, em 20 minutos de fala, Obama celebrou os levantes que reivindicam democracia no norte da África e no Oriente Médio.
Destaca o trecho em que Obama disse que o futuro do mundo árabe será definido pelo seu povo.
Menciona o pedaço do discurso em que Obama declarou: embora não se saiba para onde os movimentos vão levar, não se deve temer a mudança.
O diabo é que a decisão de Obama de enfiar os EUA dentro da coalizão militar anti-Gaddafi contradiz o discurso que esgrime desde a campanha eleitoral.
Defendia a busca de soluções multilaterais para os conflitos. Ao avalizar o ataque, diz o jornal, Obama leva à berlinda sua própria doutrina.
Açula, de resto, os ânimos dos adversários liberais. A despeito das críticas, Obama mantém intacta a agenda que o mantém longe de Washington.
Nesta segunda (21), chega ao Chile. Depois, vai a El Salvador. E as bombas continuam caindo sob Gaddafi.
Escrito por Josias de Souza às 07h28
Escrito por Josias de Souza às 05h40
Leopoldo Silva/Ag.SenadoNo 5º ato de “A Comédia dos Erros”, Shakespeare levou aos lábios da Abedessa meia dúzia de palavras sobre o ciúme. A personagem diz na peça que “as queixas amargas” inspiradas pelo ciúme “envenenam mais do que os dentes de cão raivoso”.
Ao comentar a ausência de Lula no almoço servido a Barack Obama em Brasília, FHC disse esperar que o antecessor não tenha provado do veneno: “Ele realmente pode ter tido outros compromissos. Me parece que tinha o aniversário do filho...”
“...Mas realmente é difícil para um ex-presidente ter de voltar a Brasília. Ele pode ter achado que não contribuiria...”
“...Achar que foi por ciúmes, pelo fato de Obama ter vindo ao Brasil no governo da Dilma e não no dele, seria pequeno. E eu espero que não tenha sido isso”.
FHC voltou a elogiar o fato de Dilma Rousseff tê-lo convidado para o repasto. Lembrou que, sob Lula, não merecera semelhante deferência:
“Foi um gesto de civilidade. O convite foi uma posição madura da presidente Dilma. É normal na democracia essa atitude...”
“...Principalmente quando se trata de assuntos de interesse da nação. Quando eu fui presidente, convidei todo mundo para ir ao Palácio, inclusive o Lula...”
“...Ele foi ao Palácio do Planalto várias vezes. Depois de eleito, mesmo ainda quando não era presidente, eu cedi a ele a Granja do Torto...”
“...Mas no governo dele não me convidou nenhuma vez. Só me chamou para ir ao enterro do Papa. Agora não, a Dilma foi muito gentil”.
Um dos quatro ex-presidentes incluídos no rol de convidados para dividir a mesa com Obama, José Sarney também enxergou “amadurecimento” no gesto de Dilma:
“Mostra que os problemas políticos são menores quando se trata do interesse nacional. É um avanço democrático”.
E quanto à ausência de Lula? Para Sarney, “ele não quis ir ao almoço para não estabelecer uma comparação, um confronto dele com a presidente Dilma”.
Acha que Lula quis “preservar a visita de possíveis saias justas”. Sarney esmiuçou o raciocínio:
“A presidente trataria com Obama de questões que Lula tratou quando era presidente...”
“...E a intenção de Lula foi mais no sentido de ajudar para o sucesso da visita de Obama ao Brasil. Não tem nada de pessoal. Foi uma coisa secundária...”
“...A posição de Lula mostra que as relações dele com Obama eram de chefe de Estado para chefe de Estado e agora a chefe de Estado é a presidente Dilma”.
Viva, a novelista norte-americana Nellallitea Larsen (1891-1964) enxergaria algo de “pirandelliano” na (não) atuação de Lula. Novelista apreciada por Obama, Nellallitea escreveu: Na obra de Pirandello, “há seres que nada mais podem fazer senão criar continuamente para se salvarem continuamente do horror do nada”. Submetido ao “nada” da ex-presidência, Lula, o ex-tudo, converteu a sua ausência em notícia continuada. Depois de Obama, o "ex-cara" é o personagem mais comentado da peça.
Escrito por Josias de Souza às 04h36
- Globo: Obama: Brasil dá exemplo de democracia a mundo árabe
- Folha: Dano a civis irrita aliados e afeta força anti-Gaddafi
- Estadão: Ataques à Líbia se intensificam e Kadafi promete ‘longa guerra’
- Correio: Festa no Brasil
- Valor: Energia ganha parceria com EUA
- Jornal do Commercio: Cerco contra Kadafi
- Zero Hora: Aliança intensifica ataques na Líbia
Leia os destaques de capa de alguns dos principais jornais do país. Escrito por Josias de Souza às 03h25
Spon Holz Escrito por Josias de Souza às 01h10
20/03/2011
Nesta segunda-feira (21), a deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF) será noticiada pela Corregedoria da Câmara por meio do “Diário Oficial”. A partir da publicação, a filha de Joaquim Roriz terá cinco dias para levar uma explicação ao processo disciplinar aberto contra a pedido do PSOL.
É mais uma oportunidade para que a deputada elucide por que resolveu tomar um dado dinheiro por dinheiro dado.
A verba, como se recorda, é suja. Proveio das arcas viciadas de Durval Barbosa, o delator do chamado mensalão do DEM de Brasília.
Pilhada em vídeo, Jaqueline protocolou um atestado médico na Câmara e tomou chá de sumiço. Brinca de esconde-esconde.
Por ora, manifestou-se apenas por meio de notas. Numa delas, inspirou-se em Delúbio Soares. O dinheiro era para campanha e não foi contabilizado, disse.
É como se ateasse fogo às vestes. Com a precaução de despir-se antes de riscar o fósforo.
Escrito por Josias de Souza às 23h50
Folha
Já desfiliado do DEM, o prefeito Gilberto Kassab foi à Bahia, neste domingo (20), para lançar o “novo” PSD. Perguntaram-lhe se a legenda será oposicionista ou governista. Nem uma coisa nem outra, disse Kassab. Será “independente” (?!?!).
Chama-se Otto Alencar o principal aliado de Kassab no pedaço baiano da empreitada. É vice-governador da Bahia.
Em meio a uma pajelança que contou com a presença de congressistas do PT e do PSB, Otto desdisse Kassab. O partido apoiará Dima Rousseff, disse.
Terminada a pantomima, Otto levou Kassab e o 'ex-demo' Guilherme Afif, vice do tucano Geraldo Alckmin, para o Palácio de Ondina.
Ali, o grão-petê Jaques Wagner, governador da Bahia, brindou com a caciquia da ex-oposição o nascimento do neogovernismo.
Vivo, Bussunda levaria os lábios ao trombone: Independência? Fala sério, Kassab!
Escrito por Josias de Souza às 22h19
Sérgio Lima/FolhaA ministra Ana de Hollanda (Cultura) saboreia uma boa notícia. Nos últimos dias, Não houve aumento de polêmica na pasta gerida por ela.
Continua nos mesmos 100%.
A penúltima controvérsia foi a aprovação do projeto de blog de poesias de Maria Bethânia:
R$ 1,35 milhão pela Lei Rouanet (R$ 600 mil só para a cantora).
"Não tem nada [demais]”, disse a ministra, segundo a Folha. “É uma polêmica que foi criada não sei por quê. Foi inteiramente dentro das regras". Como assim? “Está tudo justificado lá na planilha”, afirmou Ana. Atribuiu a cifra milionária aos “trabalhos” e às “filmagens”.
Então, tá!
Escrito por Josias de Souza às 20h21
Presidente de um país que costuma ser acusado de bocejar para o mundo, Barack Obama desdobrou-se, no Rio, para mostrar que não é indiferente ao Brasil.
Abriu o domingo com uma visita à favela Cidade de Deus, cuja rotina infernal ficou mundialmente conhecida com o filme Fernando Meirelles, em 2002. Levou às ruelas supostamente transformadas pela “polícia pacificadora” do governo fluminense um comboio de 20 carros.
O automóvel blindado de Obama estacionou dentro de uma escola. Ao lado da mulher e das duas filhas, ele assistiu a apresentações de percursão e capoeira.
A visita consumiu-lhe escassos 30 minutos. Demonstrou sua falta de intimidade com a bola numa troca de passes com alunos de uma escolinha de futebol.
Antes de ir embora, quebrou o protocolo. Percorreu poucos metros de asfalto a pé. Distribuiu acenos. E a platéia: “Obama, Obama, Obama...”
Rodeado do aparato de segurança que o persegue, Obama rumou para o Theatro Municipal do Rio. Discursou para uma audiência de cerca de 2.000 pessoas.
O discurso deveria ter sido ao ar livre, na Cinelândia. Mas foi transferido para o ambiente fechado na véspera de sua chegada.
Instalaram-se na entrada equipamentos de revista semelhantes aos que infernizam a vida dos passageiros nos aeroportos. Com o acréscimo de cães farejadores.
Quem ultrapassou a barreira foi brindado com um discurso afável. Obama exalou simpatia. Chegou mesmo a se aventurar no português.
Abriu sua fala com um “alô” à “Cidade Maravilhosa” e a “todo o povo brasileiro”. Depois, de volta à língua inglesa, chamou o Brasil de “exemplo de democracia”. Um “exemplo”, segundo ele, útil para o mundo árabe e o Oriente Médio, sacudido por revoltas populares que acossam ditadores. Disse meia dúzia de palavras sobre a Líbia, desde a véspera sob ataque de uma coalisão militar que inclui os EUA.
Em nova evidência de que não veio a esta terra de palmeiras a passeio, Obama repetiu pedaços do discurso que dirigira a empresários, em Brasília.
Declarou que deseja estabelecer com o Brasil uma “parceria igualitária”. Mencionou as obras da Copa e da Olimpíada, cobiçadas por empresas americanas.
A certa altura repisou a tese segundo a qual o Brasil deixou de ser o “país do futuro”. Tornou-se “economia poderosa”. Uma "potência", exagerou. O futuro, disse ele, já chegou. Famoso pela palavra fácil, Obama soou como se houvesse feito o dever de casa. Citou o clássico futebolístico do domingo: Vasco X Botafogo.
Um pedaço da platéia, decerto flamenguista, esboçou uma vaia. Evidência, disse o orador, de que o futebol é, no Brasil, assunto muito sério.
Em meio à profusão de menções elogiosas ao Brasil, Obama evocou Jorge Ben Jor:
“Como disse o cantor, o Brasil é um país tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza”.
Quem ouve Obama e lembra do antecessor George Bush é tentado a concluir que os EUA evoluíram. Trocaram o tosco pelo garoto propaganda.
Escrito por Josias de Souza às 18h32
Lula Marques/Folha Pendurados nas manchetes como protagonistas de desavenças que eletrificam os subterrâneos do governo, Palocci e Mantega viraram matéria-prima para fotos.
No beija-mão que marcou a chegada de Barack Obama ao Palácio do Planalto, a dupla roubou (ops!) a cena.
O chefão da Casa Civil e o gerente da Fazenda aproveitaram a espera na fila de cumprimetos para estreitar inimizades.
Escrito por Josias de Souza às 07h13
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