Disputa pelo comando nacional do PT terá seis nomes
da Folha de S.Paulo
As eleições internas do PT não serão a demonstração de união partidária que o Palácio do Planalto esperava em torno da pré-candidatura da ministra Dilma Rousseff a presidente.
Seis candidatos se inscreveram para disputar a sucessão do deputado federal Ricardo Berzoini (SP), atual presidente nacional da sigla. Com isso, crescem as chances de haver segundo turno nas eleições, marcadas para dezembro.
A intenção do Planalto era que a corrente Mensagem ao Partido, liderada pelo ministro Tarso Genro (Justiça), abrisse mão de concorrer para apoiar José Eduardo Dutra, presidente da BR Distribuidora e candidato da Construindo um Novo Brasil, hegemônica no PT e no atual comando da sigla.
Mas, com a confirmação das candidaturas anteontem à noite, o grupo de Genro inscreveu o deputado José Eduardo Martins Cardozo como seu representante na disputa.
Além dos dois, concorrerão os deputados federal Iriny Lopes (ES), pela Articulação de Esquerda, e Geraldo Magela (DF), pela Movimento PT. Outras duas candidaturas das alas de esquerda também se apresentaram: Markus Sokol (SP) e Serge Goulart (SC).
As eleições do PT neste ano são consideradas estratégicas pelo Planalto porque os novos presidentes --nacional, estaduais e municipais-- irão comandar o partido na sucessão de Lula, já que os mandatos são de dois anos.
Se não conseguiu a adesão de Tarso e seu grupo, a Construindo um Novo Brasil contará com o apoio da Novo Rumo e da PT de Lutas e Massas, duas das mais importantes e que em 2007 fizeram oposição a Berzoini com a candidatura de Jilmar Tatto (SP).