domingo, 29 de maio de 2011

PSDB elege executiva nacional e novo conselho político

A presidência do Instituto Teotônio Vilela, que teria sido almejada por Serra e oferecida a Jereissati pelo grupo de Aécio Neves, estaria entre os principais pontos de discórdia


ABR
serra
Novo Conselho reúne Fernando Henrique, Aécio e José Serra


A convenção nacional do PSDB neste sábado (28), na capital federal, reelegeu o deputado Sérgio Guerra (PE) para a presidência do partido. Os convencionais também escolheram o ex-senador Tasso Jereissati (CE) para a presidir o Instituto Teotônio Vilela (ITV) – órgão de estudos e formação política do partido, com orçamento próprio e gestão independente.

A cúpula tucana anunciou ainda a formação do novo conselho político do partido, que inclui o ex-governador de São Paulo José Serra, o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso, o senador mineiro Aécio Neves, o atual governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o governador de Goiás, Marcone Perilo.

O presidente Sérgio Guerra anunciou ainda que os ajustes necessários para o novo conselho, que deverá ter poder de deliberação na executiva nacional, serão feitos posteriormente. Guerra procurou demonstrar consonância com os discursos de Aécio Neves e José Serra e voltou a afastar os rumores de racha interno no partido. “O PSDB nunca esteve dividido. Essa afirmação é uma fraude. Sempre nos unimos”, disse.

As notícias sobre o que seria uma disputa de poder entre o senador mineiro e o ex-governador de São Paulo também foram negadas pelos dois em discursos anteriores ao de Sérgio Guerra. A presidência do Instituto Teotônio Vilela, que teria sido almejada por Serra e oferecida a Jereissati pelo grupo de Aécio Neves, estaria entre os principais pontos de discórdia.

sábado, 28 de maio de 2011

PSDB chega à convenção dividido entre Aécio e Serra

PSDB deve reconduzir à presidência da sigla o deputado Sérgio Guerra, que prepara discurso pedindo unidade dos tucanos

Nara Alves, iG São Paulo | 28/05/2011 07:02
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A disputa pelo controle do PSDB tem neste sábado um dia decisivo. A convenção nacional do partido, marcada para começar às 9 horas no centro de eventos Brasil 21, em Brasília, irá definir a nova executiva tucana, disputada cargo a cargo entre os grupos liderados pelo senador Aécio Neves (MG) e pelo ex-governador José Serra (SP).

O cabo de guerra entre o mineiro e o paulista, ambos de olho nas eleições de 2014, ocorre pouco mais de um ano depois do encontro nacional tucano que sacramentou a candidatura de Serra à Presidência, em abril de 2010.

Na época, os dois empenhavam-se em dar um sinal de união antes da largada da corrida eleitoral.

No mesmo centro de eventos que abriga neste fim de semana a convenção do PSDB, o então presidenciável chegou a dar um beijo em Aécio.


Foto: AE

Há aproximadamente um ano, Serra e Aécio procuravam demonstrar unidade
O atual presidente do PSDB, deputado federal Sérgio Guerra (PE), planeja para o evento de hoje um discurso pregando a unidade do partido na esfera nacional.

Segundo interlocutores, Guerra – que rompeu com Serra e deverá ser reconduzido ao cargo com o apoio de Aécio – irá defender que as lideranças sejam menores do que a legenda.

O líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), nega que exista um racha no partido.

“O conceito de partido está distorcido no Brasil.

Quando um partido oferece espaço para a divergência, imaginam que o partido está rachado.

Eu creio que isso revitaliza o partido, que não é um curral onde vivem vaquinhas de presépio dizendo amém a tudo e a todos”, disse.

Outros cargos-chave da executiva deverão ficar nas mãos de paulistas.

A primeira vice-presidência da sigla deverá ficar com o ex-governador paulista Alberto Goldman, vice de Serra no Palácio dos Bandeirantes.

O nome mais cotado para a segunda vice-presidência é o do deputado Emanuel Fernandes (SP), secretário do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.

Tucanos paulistas ligados a Serra, no entanto, alegam que os cargos na chapa da executiva nacional não são suficientes.

Assim como Alckmin, eles defendem publicamente que Serra seja indicado como presidente do Instituto Teotônio Vilela (ITV), órgão tucano que conta com um orçamento de R$ 11 milhões.

O cargo, porém, já foi oferecido ao ex-senador Tasso Jereissati (CE), que não está disposto a abrir mão da posição.

Em Fortaleza, a indicação de Tasso como sucessor do atual presidente, Luiz Paulo Vellozo Lucas (ES), é dada como certa.

Outra alternativa com que trabalham aliados de Aécio e Guerra para acomodar José Serra seria oferecer-lhe a presidência do conselho que seria criado pelo partido.

Inicialmente, o grupo seria liderado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, e composto por Serra, Aécio, Tasso, além dos seis governadores tucanos.

O esforço em contemplar tucanos paulistas visa, principalmente, evitar mais uma vazão de deputados federais rumo ao PSD, novo partido a ser criado pelo prefeito paulistano, Gilberto Kassab (ex-DEM), afiliado político de Serra.

Nas eleições do PSDB municipal, seis vereadores descontentes deixaram a legenda rumo ao PSD, PV e PMDB. Até a noite de ontem, Serra e seus principais aliados ainda não haviam confirmado presença no evento.

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  • Fonte: Thomson Reuters

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Alckmin quer Serra à frente de instituto tucano para "unir o partido"


 

São Paulo – O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, defendeu publicamente a indicação de seu antecessor, José Serra, para o comando do Instituto Teotônio Vilela, ligado ao PSDB. A sugestão vinha sendo defendida em conversas de líderes tucanos e pode desagradar ao ex-senador Tasso Jereissati (CE), indicado para o posto desde o fim de seu mandato, em janeiro deste ano. O governador paulista acredita que a saída poderia unir o partido.
Alckmin afirma ter discutido a possibilidade com o próprio Serra na quarta-feira (16), quando ambos estiveram em Brasília. "Conversamos sobre isso... Acho Serra um ótimo nome, preparadíssimo, pode dar uma boa contribuição ao partido no Instituto Teotônio Vilela", recomendou. "O que nós vamos fazer é ajudar para unir o partido, para todos estarem representados", disse Alckmin a jornalistas após cerimônia no Palácio dos Bandeirantes nesta quinta-feira (19).
O instituto funciona como centro de estudos e de formação política no PSDB. A escolha da direção do órgão, bem como toda a executiva serão eleitos no próximo dia 28, data da convenção partidária. Atualmente, Luiz Paulo Vellozo Lucas, candidato derrotado na disputa para o governo do Espírito Santo em 2010, comanda o instituto. Ele deve retornar aos quadros do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), do qual é funcionário de carreira concursado.
A acomodação de Serra no instituto contornaria a divisão no PSDB para a definição da presidência da legenda. O senador Sérgio Guerra (PE), que ocupa o posto, é candidato à reeleição, mas Serra estava articulando junto aliados a possibilidade de chegar ao cargo.
Além das incertezas em relação aos rumos dos partidos de oposição – especialmente após o esvaziamento do DEM a partir da criação do PSD pelo prefeito de São Paulo Gilberto Kassab –, os tucanos assistem a divisões internas. Serra, Alckmin e o senador Aécio Neves, ex-governador de Minas Gerais, são apontados como interessados em mudar o equilíbrio de forças na sigla, com vistas à candidatura à Presidência da República em 2014.

domingo, 8 de maio de 2011

Convenção do PSDB-SP prega união do partido no estado, mas não fecha nome de secretário-geral

Flávio Freire

Serra e Alckmin participam da convenção do PSDB de São Paulo. Foto:  Marcos Alves SÃO PAULO - Em meio à crise interna que assola o PSDB, os tucanos Geraldo Alckmin e José Serra não pouparam esforços para mostrar no sábado unidade em meio à uma briga de bastidores que coloca os dois em campos opostos. Depois de chegarem juntos à convenção estadual do partido — Serra dirigindo o próprio carro e Alckmin no banco do carona —, os dois até bateram o martelo em torno de uma chapa única para o novo diretório, mas a discussão sobre quem ocuparia o cargo de secretário-geral ainda gerava atritos. Como não houve acordo, a eleição foi adiada.
Conforme o Globo antecipara, os grupos de Serra e de Alckmin decidiram apoiar uma chapa única para o Diretório Estadual.
De um lado, o grupo ligado a Alckmin quer a reeleição de Cesar Gontijo, enquanto deputados próximos a Serra insistiam em ficar com o posto.
— Não há disputa interna nem crise no PSDB. O que precisamos é fortalecer nosso discurso de oposição — desconversou Serra, considerando a recente debandada de integrantes do partido como uma "questão isolada".
Na mesma sala, Geraldo Alckmin também foi diplomático:
— O partido está mais forte do que nunca — disse o governador, que tem travado uma luta pessoal na política paulista contra o grupo ligado ao prefeito Gilberto Kassab, responsável pela criação do PSD.
Outros tucanos também evitaram jogar combustível na crise, mas ninguém descartou uma aproximação eleitoral entre os tucanos e o PSD nas próximas eleições. Os ânimos se acirraram no PSDB justamente porque muitos dos dissidentes anunciaram que ingressariam no PSD.
— A aproximação eleitoral (entre PSDB e PSDB) para 2014 é possível, mas precisamos ter cautela. Precisamos saber antes se esse partido vai ser oposição ou governo — disse ele.
Para o ex-governador de São Paulo, Alberto Goldman, a recente saída de integrantes do partido é um "caso isolado".
Senador Aloysio Nunes Ferreira na convenção do PSDB em SP. Foto: Marcos Alves - Não tem crise no PSDB. O que aconteceu na bancada de vereadores é um caso isolado.
Disputas internas são naturais em qualquer organismo vivo - argumentou.
O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) também minimizou a crise.
— Não estou vendo crise nenhuma. O que estou vendo aqui é uma convenção forte de um partido que é a maior força política do país — disse ele.
Sobre a possibilidade de uma aliança com o partido criado pelo prefeito Gilberto Kassab, disparou:
— Não considero o PSD nosso adversário, pelo contrário, ele é do nosso campo.


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