quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Pré-acordo com Dilma abre guerra interna no PMDB


Júlio Gabardo/Divulgação

Requião ao PMDB-PR: 'Quem quer candidato próprio?' Unanimidade

Até a a semana passada, havia dois PMDBs na vitrine –o pedaço pró-Dilma, majoritário; e o naco pró-Serra. Surgiu um terceiro PMDB.

Deve-se a novidade a Roberto Requião. Lulista de mostruário, o governador peemedebista do Paraná é o mais novo anti-Dilma da praça.

Não defende a adesão a Serra. Pôs-se a empinar o sonho de uma candidatura própria do PMDB.

Pendurado ao telefone, Requião convoca para o dia 21 de novembro, em Curitiba, uma reunião com os “militantes do velho MDB de guerra”.

Idealiza um encontro com representantes dos 27 diretórios estaduais do partido. Começou a erguer suas barricadas pela região Sul.

Conversou com José Fogaça, prefeito de Porto Alegre e alternativa do PMDB para o governo do Rio Grande do Sul.

Presidido pelo senador Pedro Simon, o PMDB gaúcho é um ninho de simpatia à tese do presidenciável próprio. Estará na reunião de Requião.

O governador paranaense tocou o telefone para o colega de Santa Catarina, Luiz Henrique, um expoente do PMDB pró-Serra.

Expôs os seus planos. Encontrou receptividade instantânea. Luiz Henrique descrê das chances de o PMDB ir a 2010 com um nome próprio. Porém...

Porém, o aliado catarinense de Serra viu na iniciativa de Requião uma nova frente de oposição ao matrimônio com Dilma Rousseff. Algo a ser estimulado.

Em telefonema a outro pemedebê associado aos interesses do presidenciais do tucano José Serra, Luiz Henrique festejou: “Isso vai ser bom pra nós”.

Informado, o senador Jarbas Vasconcelos, mandachuva do PMDB de Pernambuco, também fechado com Serra, teve reação semelhante.

Reservadamente, Jarbas diz que, se convidado, o diretório pernambucano irá à reunião de Curitiba.

Orestes Quércia, gerente dos interesses de Serra no PMDB, também soltou rojões. Para ele, tudo o que prejudica Dilma é bem-vindo.

Em privado, Requião refere-se ao pedaço do PMDB que se achegou a Dilma como “o pessoal do arroto de Brasília”. Contra o "arroto", sugere "política séria".

Por trás da animosidade de Requião está um personagem recém-desembarcado desembarcado do governo Lula: o ex-ministro Roberto Mangabeira Unger.

Demitiu-se da pasta de Assuntos Estratégicos para retomar a cadeira de professor de Harvard, nos EUA. Súbito, voltou a dar as caras no Brasil.

Mangabeira filiou-se ao PMDB e pôs-se a medir asfalto. Percorre o país como um mercador da terceira via. Fala para platéias de peemedebistas.

Esteve em Goiânia. Passou por Cuiabá. Há 15 dias, esteve na Curitiba de Requião. O governador levou-o à sede local do PMDB. Discorreu sobre programa de governo e candidato próprio.

Ao abrir o encontro, Requião perguntou aos pemedebês presentes: “Quem aqui [...] acredita que o partido deve ter um candidato à Presidência da República?”

Todos os braços que o rodeavam se ergueram. A cena pode ser conferida na foto lá do alto. “Maravilha!”, disse Requião. “Nós temos uma unanimidade...”

“...Por isso eu me entusiasmei quando o Roberto Mangabeira me ligou numa manhã dessas dizendo que estaria disposto a vir à Curitiba [...]”.

Mas e quanto ao nome do candidato? Embora frequentem o debate com cara de alternativas, Mangabeira e Requião dizem que isso é coisa para depois.

Primeiro o projeto. Depois o candidato. “Parece piada”, disse ao repórter um dirigente do PMDB que negocia o apoio a Dilma.

Um apoio que, para virar realidade, depende da aprovação da convenção nacional da legenda, marcada para junho de 2010.

Os votantes da convenção virão dos Estados. A turma pró-Serra tenta tocar fogo nos diretórios estaduais.

Num instante em que o time de Dilma apresenta o pré-acordo selado em Brasília como um extintor, Requião irrompe no palco munido de gasolina.

Sentindo o cheiro de queimado, o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves, pede pressa ao PT.

Para evitar surpresas na convenção de junho, Henrique Alves, Dilma desde menino, quer acelerar o fechamento dos acordos estaduais entre PMDB e PT.

A caligrafia de Mangabeira Unger salpica no novo capítulo da guerra interna do PMDB uma pitada de ironia.

Mangabeira não é um noviço no partido. Jacta-se de ter sido um dos primeiros a assinar o documento de fundação do PMDB.

Contudo, entre a saída e a reentrada, Mangabeira revelou-se uma cintura com roldanas. Foi guru de Leonel Brizola, no PDT...

...Coordenou a primeira candidatura presidencial de Ciro Gomes, à época no PPS.

Como articulista de jornal, pespegou na gestão Lula a pecha de “governo mais corrupto da história”. Virou ministro de Lula. E agora, fora da Esplanada, conspira contra Dilma, a candidata do ex-chefe.

Escrito por Josias de Souza às 05h44

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Ao chegar para jantar com PP, Dilma defende continuidade na sucessão presidencial

Claudia Andrade
Do UOL Notícias
Em Brasília

A ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) afirmou nesta quarta-feira (28) que o programa de governo do PT para a sucessão terá de garantir a continuidade e avançar nas políticas implantadas no governo Luiz Inácio Lula da Silva.


"Obviamente nós todos achamos que dar continuidade ao governo é uma questão estratégica. Dar continuidade e sempre avançar. Eu acho que em várias áreas nós vamos ter isso", ressaltou a ministra, ao chegar para um jantar com a bancada do PP, em Brasília, agora à noite, para discutir uma eventual aliança para o ano que vem.

A virtual candidata à sucessão do presidente Lula destacou os programas sociais, a educação, o desenvolvimento de fontes renováveis de energia e a exploração do pré-sal como algumas das áreas de merecem atenção.

"A primeira questão é avançar em todos os programas sociais. Nós começamos agora, por exemplo, com o 'Minha Casa, Minha Vida'. A base fundamental do governo Lula vê nesse programa uma prévia do que vai ter de ser feito no Brasil, porque ainda temos 6 milhões de pessoas sem moradia", disse, citando o programa habitacional lançado em julho deste ano, que prevê a construção de 1 milhão de casas e apartamentos para famílias de baixa renda.

A ministra disse ainda que a política atual do governo para educação, que "privilegia a inovação", precisa ser feita "em uma escala cada vez maior".

"Outro exemplo é o pré-sal. Implantar a cadeia de petróleo e gás no Brasil no que se refere à indústria de bens e serviços é fundamental", afirmou, ressaltando o destaque que a transferência de tecnologia tem tido nas negociações do governo com investidores internacionais. "Fizemos isso com a TV digital, estamos fazendo com o trem de alta velocidade, criamos todo um horizonte em relação às energias renováveis, o etanol".

Questionada sobre qual seria a estratégia para sua candidatura, se continuar no governo até abril do próximo ano (quando exigido pela Lei Eleitoral) ou se afastar antes para avançar na negociação de alianças, Dilma se negou novamente a admitir sua condição de pré-candidata do PT.

"Não posso me manifestar sobre um assunto que sequer foi tratado. Essa é uma questão que, para nós, não foi posta na ordem do dia".

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

O ex-presidente Itamar Franco não é "carta fora do baralho" sucessório (Edson Paim escreveu)


Como na lenda do Fenix, pássaro mitológico do Egito, na antiguidade clássica, segundo relatos de Heródoto e Plutarco, resurgia das suas próprias cinzas, Itamar Franco que, como vice de Collor foi guindado à Presidência da República, agora, reaparece repentinamente, como vice-presidente do PPS e defensor da candidatura de Aécio Neves, Governador de Minas e neto de Tancredo Neves, para complicar, mais ainda, o jogo sucessório presidencial.

Três partidos que dividem, hoje, o espólio da UDN: o PPS (ex-Partido Comunista Brasileiro - PCB) e que forma com o DEM a ala direita da política brasileira, tendo ao seu lado, o PSDB (pseudo democracia social brasileira), capitaneado pelo neo-liberal FHC, acrescidos do PMDB de alguns estados, os quais farão, nas próximas eleições, o contraponto ao bloco governista, constituído por um elenco de partidos, tendo à frente o PT e o PMDB "chapa branca", trazendo à tira-colo a candidata oficial, ministra Dilma Roussef e um candidato "estepe", Ciro Gomes, destinado a ser a "tábua de salvação", no caso de Dilma não decolar.

Neste cenário, surge uma "trinca" de atores: Itamar Franco, Aécio Neves e o ex-deputado federal Roberto Freire (PE) que foi reconduzido à Presidência do PPS, os quais representam três importantes "trunfos" que poderão ter atuação decisiva na definição do quadro sucessório, tanto mais que Itamar que apoia e aposta na candidatura de Aécio, mas é um possível candidato a Vice-Presidente, na chapa de José Serra, o que seria inviável no caso da candidatura de Aécio, por serem ambos do mesmo estado - Minas Gerais e, pelo mesmo motivo, Michel Temer ou Orestes Quércia não poderiam ser vice de Serra.

Se política é como nuvens, como já dizia Benedito Valadores, uma "raposa felpuda", da maior escola de política que o país ja teve, o PSD mineiro, a coisa se complica quando entra em cena o ex-prefeito de Juiz de Fora, ex-governador do estado montanhês e ex-Presidente da República, Itamar Franco, tradicional militante da UDN mineira e principal responsável pela candidatura de FHC, que ao introduzir e se beneficiar do casuismo do segundo mandato, frustrou a candidatura de Itamar, motivo pelo qual ele pode se transformar numa "pedra no sapato" de José Serra, o principal pupilo do criador do segundo mandato, a menos que venha a ser guindado como companheiro de chapa do governador de São Paulo.

Como o DEM não reivindica a vice na chapa da oposição, aumenta a chance do PPS, de Roberto Freire, "emplacar" Itamar Franco, nessa vaga, reditando a política "café com leite", formada pelos dois maiores colégios eleitorais da federação, vigente antes da revolução de 1930, complicando, assim, a vida de Lula e de sua pupila Dilma e, forçando o presidente e a banda governista do PMDB a lançar, como vice, o Ministro das Comunicações, Hélio Costa, do PMDB mineiro, em detrimento da candidatura do paulista, Michel Temer, até agora, considerada como a mais provável.

Pior que isto, para a candidata situacionista, só mesmo se, diante da indecisão de Serra, prevalecer o lançamento de Aécio Neves, mais competitivo que o governador paulista e representando o "novo", sem o estigma de perdedor e sem os "ranços" de continuismo da era neo-liberal de FHC, impedindo, destarte, uma disputa plebiscitária como é desejo do patrocinador da candidatura da Ministra Dilma.

(Escrito por Edson Paim)

domingo, 25 de outubro de 2009

Defensor da candidatura de Aécio, Itamar Franco é eleito vice-presidente do PPS



Folha/JL

Após três meses de filiação, o ex-presidente Itamar Franco (MG) foi eleito neste domingo vice-presidente do PPS e será um dos responsáveis pelas articulações do partido para as eleições de 2010.

Ele comandará o PPS ao lado do ex-deputado Roberto Freire (PE), que foi reconduzido à presidência. Itamar não participou do encontro da cúpula da legenda, em Fortaleza, porque ainda se recupera de uma cirurgia de próstata para retirada de um nódulo, no hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo. Ainda não há previsão de alta.

Itamar, 79, tem sido apontado como um dos possíveis nomes para compor a chapa em 2010 com o presidenciável tucano --ainda indefinido entre os governadores José Serra (São Paulo) e Aécio Neves (Minas).

O ingresso de Itamar no comando do PPS pode dificultar ainda mais uma definição do partido em torno de qual tucano apoiar para a disputa ao Palácio do Planalto. Itamar continua estimulando o governador Aécio Neves a não desistir da luta para se tornar candidato a presidente, enquanto Freire trabalha pela pré-candidatura de Serra.

Aliados do ex-presidente dizem ainda que ele poderá ainda sair como candidato ao Senado.

Críticas

Além de eleger a nova direção do partido, o PPS aprovou uma carta acusando o governo Lula de "esconder a atual situação do país com sua estratégia de marketing pirotécnico voltada exclusivamente para as eleições de 2010".

No documento, o partido afirma que há descaso do governo na formação de políticas públicas de segurança, educação, emprego e desenvolvimento.

"Competente apenas na promoção de festas e palanques, o governo tripudia sobre o sacrifício desmedido de todo um povo, cujo cotidiano de sofrimento e frustração alimenta um mero projeto de poder, exponenciado por uma fantástica máquina, na qual a propaganda busca disfarçar a realidade de uma administração inepta e irresponsável na gestão da coisa pública", diz a nota.

O PPS diz ainda que o governo faz campanha antecipada para eleger a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), pré-candidata do PT, como sucessora do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Ao invés de enfrentar estas questões e agir com austeridade para realizar reformas estruturantes capazes de dar rumo ao país, o governo federal vem agindo única e exclusivamente para impor sua candidata à Presidência da República, ao arrepio da legislação eleitoral e em acintoso desafio às instituições nacionais", afirma o documento.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Partidos nanicos ganham força com troca de filiações


PR e PSC, duas das três siglas que mais se beneficiaram da última migração partidária ficaram maiores, respectivamente, que PSB e PV, agremiações de dois presidenciáveis, o deputado Ciro Gomes (CE) e a senadora Marina Silva (AC).

Com 44 cadeiras, o PR tornou-se a quinta bancada da Câmara e a terceira da base governista, só atrás de PT e PMDB. O partido tem o ministro A1fredo Nascimento (Transportes) e condiciona seu apoio à candidatura Dilma Rousseff à maior presença em um eventual governo.

O PSC, que chegou a 16 deputados, filiou políticos de oposição como o candidato ao governo do Distrito Federal Joaquim Roriz e o senador Mão Santa (PI).

O PRB, partido do vice-presidente José Alencar, triplicou sua bancada e discute com PSB e PT seu apoio em 2010.

Os três cresceram à custa de PMDB e DEM. Em comum, seus programas pregam a "valorização do ser humano" e citam passagens do Evangelho. (págs. 1 e A10)

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Militantes do PSB recorrem contra a filiação de Skaf

Zhang Dali Shaun Curry/AFP



Tom Jobim costumava dizer: o Brasil é um país de cabeça pra baixo. Aqui, as prostitutas gozam e os traficantes cheiram.



Desde a morte do maestro, a coisa só tem piorado. Agora, supostos capitalistas viram pseudosocialistas em pleno vôo.



Incomodados com o inusitado da fialiação de Paulo Skaf ao PSB, dois militantes da legenda decidiram estrilar.



Chamam-se Marionaldo Fernandes Maciel e Jadirson Tadeu Cohen Parantinga. Moram em Campinas (SP).



Acham que a conversão do presidente da Fiesp levou a inconerência Às fronteiras do paroxismo. Recorreram contra a filiação do “inimigo” dos trabalhadores.



Procurado, Skaf mandou dizer que o par de militantes expressa posição isolada. Coisa normal num país democrático como o Brasil.



O presidente do diretório Municipal do PSB de Campinas, Eliseu Gabriel, também considerou normal o protesto dos militantes.



Como se vê, o Brasil pós-Jobim continua sendo o último país feliz do mundo. Aqui, o normal é a anormalidade.

Escrito por Josias de Souza

sábado, 3 de outubro de 2009

Juiz indefere posse de suplentes em Dourados (Postado por Simone Paim)

Novos Vereadores
Juiz José Carlos de Souza, considera posse imediata inconstitucional. Foto: Div
Sentença despachada nesta sexta-feira pelo Juiz José Carlos de Souza, da 18ª Zona Eleitoral, indefere o pedido de posse dos nove suplentes de vereadores, que pleiteavam uma cadeira no legislativo municipal de Dourados. Os requerimentos têm como base a emenda constitucional promulgada na semana passada pelo Congresso Nacional que aumenta o número de vereadores em todo o país. A decisão, acata um pedido do Ministério Público Eleitoral, que considerou a posse imediata inconstitucional. Segundo o Juiz, a emenda muda um processo eleitoral que já terminou, o de 2008, sendo válida portanto, somente para as próximas eleições.
STFDiante da corrida dos suplentes, a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou ontem a suspensão da posse de novos vereadores que estavam assumindo cadeiras nas Câmaras. Eventuais posses já ocorridas também deverão ter os seus efeitos suspensos. Cármen Lúcia concedeu liminar a pedido do procurador-geral da República, Roberto Gurgel. A decisão dela, tomada em caráter de urgência, deverá ser analisada em breve pelo plenário do STF. Caberá ao plenário decidir se referenda ou não a liminar. A expectativa é de que a decisão de Cármen Lúcia seja confirmada."A eleição é processo político aperfeiçoado segundo as normas jurídicas vigentes em sua preparação e em sua realização", afirmou a ministra.
Fonte: Douradosagora

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Braga desiste do PMDB e da Câmara e Ivan vai para o DEM



Fernanda França

O deputado estadual Antônio Braga desistiu tanto de deixar o PDT e se filiar ao PMDB, quanto de disputar uma vaga na Câmara dos Deputados em 2010.

A informação foi divulgada há pouco pelo deputado estadual Ary Rigo, que junto com Onevan de Matos, se filiou ao PSDB.

De acordo com Rigo, Braga confirmou sua permanência no PDT durante conversa nesta manhã.

Em contato com o Campo Grande News, pela manhã, Braga não confirmou sua filiação ao PMDB. A reportagem entrou há pouco em contato com o parlamentar, para questionar sua permanência no PDT e desistência de disputar a Câmara, mas ele não foi encontrado.

Quanto ao deputado Coronel Ivan de Almeida, Rigo disse que ele está em forte negociação com o DEM.

“Os pequenos não querem ele e nos grandes ele fica em uma situação difícil. Agora pela manhã ele esteve conversando com o pessoal do DEM, é possível que ele se filie ao partido”, comentou.

Vice-presidente regional dos Democratas, o deputado estadual Zé Teixeira confirmou a negociação. “Desde ontem estamos conversando com ele, acho muito provável sua filiação”, declarou.
Leia Mais:
01/10/2009
12:30 - Filiação de Rigo e Onevan ao PSDB será amanhã às 10h
10:29 - Rigo e Onevan vão para o PSDB e Braga se filia ao PMDB

Schimidt quer os mandatos de Rigo, Braga e Onevan

João Humberto e Fernanda França

O interventor do PDT nacional após a crise instalada no diretório regional de Mato Grosso do Sul, João Leite Schimidt, quer os mandatos dos deputados estaduais Ary Rigo, Antonio Braga e Onevan de Matos. Segundo ele, os parlamentares foram eleitos quando estavam no partido e agora que pretendem sair, de acordo com a regra de fidelidade, o mandato deve ser do PDT.

A afirmação de Schimidt foi feita hoje à noite na posse do vereador Paulo Pedra a frente da presidência do diretório municipal de Campo Grande. Ele disse que está seguindo orientações da executiva nacional.

Conforme Schimidt, assim que os três deputados saírem do PDT ele entrará na Justiça. “Tenho certeza que eles não serão absolvidos, porque não estavam sendo perseguidos, mas perseguindo”.

O deputado federal Dagoberto Nogueira, também presente na posse de Pedra, revelou que vai ser testemunha no processo de infidelidade partidária. Nogueira até relembrou que se o deputado Braga permanecesse no partido, poderia ser o candidato de consenso a deputado federal.

Rigo e Onevan de Matos assinarão ficha de filiação no PSDB amanhã, às 10h. Já o deputado Braga cogita ir para o PMDB ou DEM.

Até o momento, apenas o deputado Coronel Ivan não definiu para qual partido vai: DEM, PPS ou PT do B. Contudo, ele não corre risco de perder o mandato, já que foi eleito pelo PSB e mudou para o PDT neste ano.

Imbróglio - Depois de disputas internas acirradas entre os grupos do deputado federal Dagoberto Nogueira e de Ary Rigo, o ministro Carlos Lupi esteve em Mato Grosso do Sul e interveio no processo de escolha do novo comando regional da legenda.

A convenção estadual, que deveria ocorrer dia 3 de outubro, foi anulada. Os deputados estaduais chegaram a viajar para Brasília, para tentar evitar a intervenção, mas não obtiveram sucesso.

Na prática, a Executiva Nacional avocou as responsabilidades administrativas, políticas e jurídicas do partido no Estado e escolheu João Leite Schimidt como seu representante em Mato Grosso do Sul.

Schimidt tentou conciliar os ânimos, mas não conseguiu, já que os deputados sairão em bloco do PDT e o partido ficará sem bancada na Assembléia Legislativa. (Colaborou o jornalista Denis Ramos).

Campo Grande News

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Filiação de Rigo e Onevan ao PSDB será amanhã às 10h (Fernanda França)

Os deputados estaduais Ary Rigo e Onevan de Matos assinarão ficha de filiação no PSDB nesta sexta-feira, às 10h, na sede regional do partido.

Os dois deputados e os colegas Antônio Braga e Coronel Ivan de Almeida deixaram o PDT esta semana após intervenção da cúpula nacional em Mato Grosso do Sul.

O comando da legenda foi retirado das mãos de Rigo, após desentendimentos com o grupo político do deputado federal Dagoberto Nogueira.

Atualmente, o ex-conselheiro João Leite Schimidt está no comando do PDT, por ordem da Executiva nacional.

Com a mudança, a bancada do PSDB passa a ser a segunda maior da Assembleia Legislativa. Só perde para o PMDB, que conta hoje com oito representantes.

Devem participar do ato político de amanhã o presidente regional do PSDB, deputado Reinaldo Azambuja, vereadores e demais parlamentares do partido.

Campo Grande News