sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Josias de Souza aconselha: Neste Natal, fujam do panetone. Tornou-se coisa do 'demo'.


Blog deseja aos navegantes um Natal sem panetone
Imelda Medina/Reuters


O signatário do blog deseja um bom Natal a todos os que ajudam a compor a paisagem desta janela virtual.



Aos 22 leitores e aos muitos informantes que fornecem os dados que recheiam os escritos, um Papai Noel de saco cheio!



Como prova de apreço, o repórter aconselha: fujam do panetone. Tornou-se coisa do 'demo'.

Escrito por Josias de Souza às 19h16

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

PT decide em congresso se apoia constituinte para 2010

Folha Online/JP
O PT decidiu transformar a reforma política em tema da campanha eleitoral de 2010 e, em seu congresso nacional, em fevereiro, votará uma proposta de realizar um plebiscito sobre o tema no mesmo dia da eleição presidencial do ano que vem.

Nesse mesmo congresso será lançada oficialmente a candidatura presidencial da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff.

O autor da ideia do plebiscito é Francisco Rocha, um dos principais ideólogos da ala que controla o partido, a Construindo um Novo Brasil (CNB).

A CNB acaba de vencer com folga a eleição para renovação da direção petista e, na prática, controlará a campanha de Dilma. A esse grupo, além do presidente Lula, pertence o ex-senador José Eduardo Dutra, que em fevereiro será empossado presidente do PT e coordenador da campanha.

Recentemente, uma proposta semelhante de plebiscito para reforma política foi apresentada pelo deputado federal Raul Jungmann (PPS-PE).

Além da proposta do plebiscito, o congresso deverá votar e aprovar uma sugestão do próprio Dutra de reservar parte do horário eleitoral de rádio e TV para que deputados da legenda defendam a reforma política.

"Esse assunto [reforma política] o Congresso Nacional só vai votar se houver pressão de fora para dentro", diz Dutra.

Nos últimos três anos, a Câmara dos Deputados por duas vezes colocou em pauta temas como financiamento público de campanhas, voto em listas partidárias, fim das coligações proporcionais, cláusula de barreira e fidelidade partidária. Nas duas vezes, as propostas foram derrubadas por forte oposição suprapartidária.

O PT, desde 2007, defende uma Constituinte exclusiva para tratar do assunto, mas sempre pela via parlamentar, ou seja, a partir da aprovação de uma emenda constitucional.

Vários de seus líderes vêm chegando à conclusão de que apenas o caminho congressual não basta. "Já apoiamos a tese da reforma política há algum tempo, mas não prosperou muito. Tem que haver um movimento que inclua a sociedade civil", afirma Francisco Rocha.

Ele diz que ainda está fazendo consultas dentro e fora do partido sobre os termos exatos da pergunta, que possivelmente faria referência à tese de uma Constituinte só para a reforma.

Para que o plebiscito ocorra, é necessária a aprovação de um projeto de decreto legislativo pelo Congresso, por maioria simples na Câmara e no Senado. Apesar de a proposta ser realizá-lo no mesmo dia do primeiro turno (3 de outubro), a consulta não interfere diretamente na eleição. É desnecessário, portanto, aprová-lo com um ano de antecedência.

O prazo também não é tão exíguo quanto parece. Da última vez em que houve um plebiscito, sobre a proibição da venda de armas, a aprovação pelo Congresso se deu em julho de 2005, e a consulta foi feita em outubro do mesmo ano.

"Reforma política só acontece com o envolvimento da população. Ou a gente busca uma forma de envolver a população, ou a reforma não sai", diz o deputado José Genoino (PT-SP).

Nos bastidores do partido, admite-se que é difícil um plebiscito ser aprovado pelo Congresso no ano que vem.

O PT pretende fazer um gesto político já na campanha, atrelando o tema à imagem de Dilma. E apostando que sua representação e a de aliados vai crescer na próxima legislatura, quando então seria mais realista aprovar as propostas.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Presidente reeleito do PT sinaliza que vai trabalhar para evitar prévias no partido em MG

Presidente reeleito do PT sinaliza que vai trabalhar para evitar prévias no partido em MG
Rayder Bragon
Especial para o UOL Notícias
Em Belo Horizonte
Reeleito para comandar o PT estadual de Minas Gerais por mais dois anos, o deputado federal Reginaldo Lopes admitiu ainda não ter uma proposta de conciliação a ser apresentada ao ministro Patrus Ananias (Desenvolvimento Social e Combate à Fome) e ao ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel, pré-candidatos petistas ao governo do Estado, em 2010.
Eleição do PT expõe racha

Após três dias de paralisação por conta de denúncias de fraudes em atas de votação, o deputado federal Reginaldo Lopes foi reeleito em segundo turno presidente estadual do PT em Minas Gerais com 52,4% de votos contra 47,6%, obtidos pelo secretário nacional de comunicação da legenda, Gleber Naime




Lopes sinalizou que irá trabalhar para evitar prévias para a escolha do candidato do partido. Defendidas por Patrus, as prévias são rechaçadas por Pimentel, que assegura não haver tempo hábil para realizá-las. O ex-prefeito argumenta que o PED (Processo de Eleição Direta), vencido por Lopes, seria sinalizador de quem disputaria o governo pelo partido - o deputado é ligado a Pimentel, que o apoiou na disputa do comando estadual da legenda contra o secretário nacional de comunicação petista, Gleber Naime, candidato de Patrus.

O PED deste ano foi marcado por acusações, por ambos os lados, de fraude em atas de votação. A eleição em 2º turno transcorreu no dia 6 deste mês. A contagem dos votos chegou a ser paralisada por três dias e foi preciso a intervenção da Executiva Nacional do PT em Minas para dar continuidade ao processo. Somente na última sexta-feira (11) o resultado da eleição foi confirmado. Apesar disso, o deputado atenua o racha e diz que a legenda vai se unir em torno dos dois nomes.

Lopes disse ter se encontrado com Patrus Ananias, no último sábado, quando ficou acertada uma reunião. "Eu já conversei muito com o Pimentel, que é o meu candidato, e conversei também com o Patrus Ananias. Com o ministro, foi agendada uma reunião. Eu não apresentei uma proposta. Eu quero ouvir primeiro, para depois buscar a convergência", adiantou.

Confrontado se sua posição de presidente e a escolha pessoal por Pimentel não geraria conflito de interesses, ele afirmou ter feito a escolha apenas como militante. "Na minha campanha de reeleição, eu sempre disse que tanto o Patrus como o Pimentel reunificam o PT. Ao contrário do meu oponente, que dizia somente o ministro ter essa capacidade. A minha vitória não elimina a possibilidade do Patrus ser candidato. Mas, como militante, tenho obrigação de ter a minha escolha", disse.

Chance de vitória
Reginaldo Lopes afirmou que o PT não vai ceder na candidatura própria ao governo do Estado, em 2010. Ele considera que o partido nunca esteve tão perto de comandar o Estado pela 1ª vez.
"O caminho é construir, com consenso e com convergência, uma candidatura para o governo do Estado e outra para o Senado", disse em relação a Patrus e Pimentel.

Segundo Lopes, a quem dos dois caberá os respectivos cargos, dependerá de consenso entre eles. "Pela primeira vez na história de Minas e do PT, o partido se unifica em torno da candidatura do Fernando Pimentel e do Patrus Ananias. O partido já disputou no passado com grandes nomes o governo do Estado. Mas a grande oportunidade, a chance real, é em 2010. Isso está muito cristalizado no interior do PT através de pesquisas qualitativas. E (a chance) começa a ser sinalizada também nas pesquisas quantitativas em torno dos dois nomes do PT", disse Lopes.

Para ele, além de o partido ter atualmente dois nomes de peso, o governo Lula trouxe avanços ao país que cacifaram o partido em Minas a tentar de forma mais consistente comandar o Palácio da Liberdade, sede oficial do governo.

PMDB
O petista disse que vai começar "um diálogo institucional" com o recém-eleito presidente estadual do PMDB, deputado Antônio Andrade. O peemedebista é ligado ao ministro das Comunicações, Hélio Costa, pré-candidato ao governo de Minas Gerais pelo partido. Questionado sobre o entrave entre as duas siglas no Estado, Lopes disse que o diálogo é a melhor solução.

"Eu poderia dizer que eles (PMDB) também estão sendo intransigentes, porque eles disseram que terão candidatura própria. Eles estão dizendo que nós também somos intransigentes. Então nós vamos conversar", avaliou.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Vice de Santa Catarina é denunciado por ‘corrupção’

Divulgação

O Ministério Público de Santa Catarina denunciou o vice-governador de Santa Catarina, Leonel Pavan (PSDB).

A denúncia foi protocolada no Tribunal de Justiça catarinense, nesta terça (15), pelo procurador-geral de Justiça, Gercino Gomes Neto (foto).

Pavan foi acusado de três crimes: corrupção passiva, advocacia administrativa e violação de sigilo funcional.

Teria recebido vantagem indevida de representantes de uma empresa chamada Arrows Petróleo do Brasil.

Junto com Pavan, foram denunciadas outras seis pessoas. Todas indiciadas em inquérito da Polícia Federal, na semana passada.

Pavan ainda não se pronunciou. Em manifestações anteriores, pessoais e de seu advogado, Gastão Rosa Filho, o vice-governador negara os malfeitos.

O procurador-geral Gercino informou que os acusados serão notificados da denúncia. Terão prazo para apresentar suas defesas.

Apurou-se no inquérito da PF que a Arrows chegou a efetuar, por baixo da mesa, pagamento de R$ 100 mil.

A empresa tentava reativar sua inscrição no fisco de Santa Catarina. O documento fora cassado porque a Arrows deixara de honrar o pagamento de tributos.

Pavan reconheceu que recebera os agentes da empresa. Tentara encaminhar o pleito. Alegou que retirou de cena depois de ter sido informado de que o pleito era indevido.

Em entrevista, o procurador-geral Gercino disse coisa diversa:

"Não há dúvidas de que o inquérito contém elementos suficientes para o oferecimento da denúncia...”

Denúncia “...pelos crimes de corrupção, advocacia administrativa e violação de sigilo funcional”.

Pavan insinuara que estava sendo vítima de armação política. E Gercino: “O Ministério Público age tecnicamente, e não politicamente". Acrescentou:

"O Ministério Público catarinense age com o mesmo rigor em relação ao cidadão mais comum e ao cidadão detentor da maior qualificação...”

“...Todos somos cidadãos e todos temos o dever de cumprir as leis do País. Agora cabe ao Judiciário dar a resposta ao pleito do Ministério Público”.

Pavan assume o governo de Santa Catarina em 5 de janeiro. Candidato ao Senado, o governador Luiz Henrique (PMDB) vai se licenciar do cargo.

No final de semana, Luiz Henrique dissera que repassaria o governo a Pavan mesmo que o vice-governador fosse denunciado pelo Ministério Público.

Assim, Santa Catarina será governada durante o ano de 2010 por um político às voltas com a suspeita de ter incorrido em corrupção.

- Atualização feita às 19h45 desta terça (5): Leonel Pavan levou à web uma nota. Diz que provará sua inocência. O texto pode ser lido aqui.

Escrito por Josias de Souza às 17h57

sábado, 12 de dezembro de 2009

Morre ex-ministro da saúde Jamil Haddad



Fonte:

William Franco

O presidente de honra do Partido Socialista Brasileiro (PSB) e ex-ministro da Saúde do governo Itamar Franco, Jamil Haddad, morreu aos 83 anos vítima de infarto, na madrugada desta sexta-feira. O velório de Haddad será realizado na capela 2 do Cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro e o sepultamento foi realizado às 17 horas de ontem. As informações são do partido.

Haddah nasceu no Rio de Janeiro em 1926. O político foi deputado estadual pelo então Estado da Guanabara e, com a instalação do bipartidarismo pela ditadura militar, em 1965, filiou-se ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB), de oposição ao governo.

Em 1966 foi novamente eleito deputado estadual e, em 1967, teve o mandato cassado e os direitos políticos suspensos por dez anos. Em 1979, participou da fundação do Partido Democrático Trabalhista (PDT) e, em 1985, participou da reorganização do PSB, sendo eleito presidente da legenda.

Haddad assumiu, em 1986, a vaga deixada por Saturnino Braga no Senado. Em 1990 foi eleito deputado federal e, dois anos mais tarde, assumiu o Ministério da Saúde. Em 2003, ocupou, por cinco meses, a direção geral do Instituto Nacional de Câncer (Inca).

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

DEM x DEM: "Samba de Criolo Doido"

Prazo para defesa de Arruda termina hoje; governador entra na Justiça contra processo do DEM

Piero Locatelli
Do UOL Notícias
Em Brasília

Acusado de envolvimento em um esquema de pagamento de propina no Distrito Federal, o governador José Roberto Arruda (DEM) deve apresentar nesta quinta-feira (10), até as 18h, sua defesa à Executiva Nacional do DEM. O prazo, entretanto, pode ser suspenso já que Arruda entrou na noite de ontem com um mandado de segurança com pedido de liminar no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para "a imediata suspensão" do processo aberto pelo DEM que poderá resultar em sua expulsão da legenda. Arruda alega que faltou prazo para sua defesa.
Leia mais

* Arruda pede no TSE suspensão de processo de expulsão aberto pelo DEM
* Câmara Legislativa do DF cria CPI para investigar irregularidades desde 1991
* Arruda pressiona DEM por voto secreto e pede absolvição
* Envolvido em denúncias do mensalão do DEM, deputado afirma que reassumirá CCJ da Câmara do DF
* Oposição aciona Justiça para investigar manifestantes pró-Arruda
* Confronto entre PM e manifestantes no DF termina com três prisões e oito feridos
* Deputados usam tribuna da Câmara do DF para negar corrupção
* Lula sugere compra de panetones e arranca risos em reunião do Conselhão


Na última terça-feira (1º), o partido deu oito dias para o governador apresentar sua defesa. O relator do processo, o ex-deputado José Thomaz Nonô, deve analisar os documentos e apresentar sua posição na reunião da Executiva Nacional nesta sexta-feira (11). Os 41 membros da Executiva decidirão se expulsam ou não o governador dos seus quadros em votação secreta.

Inicialmente, a votação estava prevista para esta quinta-feira, mas o encontro foi adiado para o dia seguinte já temendo um recurso dos advogados de Arruda, que poderiam alegar que o prazo para defesa não fora inteiramente cumprido.

Caso Arruda seja expulso do partido, ele estará impedido de ser candidato a qualquer cargo nas eleições de 2010. A lei eleitoral exige que o candidato esteja na legenda pelo menos um ano antes do pleito.

Alguns congressistas já se mostraram favoráveis à expulsão de Arruda, incluindo os líderes do partido nas duas Casas Legislativas -o deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) e o senador José Agripino (DEM). Outros "demos" importantes, como o presidente da legenda, Rodrigo Maia (RJ), não adiantaram a sua posição na votação.

Independentemente do resultado do processo interno no DEM, o governador terá de responder pelo seu cargo em outras esferas. Além da investigação feita pela Polícia Federal, já há três pedidos de impeachment do governador na Câmara Legislativa do DF.
Entenda o esquema de corrupção no DF

*


Paulo Octávio
A expulsão do vice-governador Paulo Octavio não estará em jogo na reunião do DEM amanhã. No inquérito, Octávio é citado pelo ex-secretário das Relações Institucionais, Durval Barbosa, como beneficiário da partilha das propinas pagas por empresas que prestam serviços ao governo do Distrito Federal. O vice-governador, porém, não aparece nos vídeos do escândalo divulgados até o momento.

Caso seja poupado, Paulo Octávio pode ganhar mais força dentro do partido e ser o candidato da legenda ao governo nas eleições de 2010. Presidente regional do DEM, o vice-governador é empresário do ramo da construção civil e um dos homens mais ricos do Distrito Federal -em 2006, declarou a posse de R$ 323 milhões à Justiça Eleitoral.

Além de Arruda e Paulo Octávio, ao menos dez deputados (dois deles suplentes) e três secretários do Distrito Federal são suspeitos de participar de um esquema de pagamento de propinas no governo do DF investigado pela Polícia Federal na operação Caixa de Pandora.

O processo interno do DEM foi aberto após a divulgação de imagens que mostravam o governador recebendo um maço de dinheiro de Durval Barbosa.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Arruda tenta adiar reunião em que DEM o expulsará

Antônio Cruz/ABr
Os advogados de José Roberto Arruda devem se reunir nesta segunda-feira (7).



Buscam formas de provocar o adiamento da reunião da Executiva do DEM.



Está marcada para a próxima quinta (10). Na pauta, a expulsão de Arruda.



Dá-se de barato que o governador do DF será expurgado dos quadros do partido.



Sem legenda, Arruda não poderia tentar a sorte nas urnas de 2010.



Daí a tentativa de retardar, pela via judicial, o julgamento da Executiva.



Um dia antes do encontro do DEM, reúne-se a Executiva do PMDB.



Vai à mesa uma pergunta: convém ao PMDB manter o apoio a Arruda?



Um vídeo arrastou para dentro do panetonegate um lote de grão-pemedebês.



Soaram na fita nomes como o de Michel Temer e Henrique Eduardo Alves.



Nos diálogos, a insinuação de que o presidente da Câmara e o líder do PMDB se serviram de fatias do panetone.



Todo mundo negou. Temer, indignado, disse que tomaria providências judiciais.



O bom senso aconselha o PMDB a tomar distância de Arruda. Porém...



Porém, um pedaço do diretório do PMDB no DF leva o pé ao freio.



A Executiva local discute a matéria antes da nacional, nesta segunda (7).



Se bater em retirada, hipótese vista como improvável até a semana passada, o PMDB complica a vida de Arruda.



É um dos esteios do governador na Câmara Legislativa do DF, em cujos escaninhos correm os pedidos de impeachment formulados contra Arruda.

Escrito por Josias de Souza às 05h13

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

PT festeja a maturidade dos 30 em jantar de adesão


O PT está na bica de se tornar uma legenda balzaquiana. O aniversário será em fevereiro de 2010. Mas os festejos começam na próxima terça (8).

O marco inaugural da celebração será um jantar de adesão. O ingresso mais barato sai por R$ 150. O mais caro, R$ 1.000. Inclui bebida alcoólica.

O repasto será servido no Vila Rizza, assentado no Setor de Clubes de Brasília. Começa às 20h. Coisa grandiosa.

Estima-se a presença 1.500 pessoas, embaladas ao som de Neguinho da Beija Flor e de uma escola de samba de Porto Alegre.

A expressão balzaquiana, como se sabe, vem de Honoré de Balzac, autor do notável “A Mulher de 30”.

No livro, Balzac faz a apologia das mulheres maduras. Discorre sobre os conflitos de Julia d’Àiglemont, uma francesa mal casada com um general.

Ao roçar os 30, Julia descobre a paixão verdadeira nos braços de outro marido. Na trilha para a felicidade, ela enfrenta os tabus sociais.

Sem medo de ser feliz, o petismo programou uma homenagem aos seus ex-presidentes.

Vai cultuar inclusive os dois ex-dirigentes que o STF levou ao banco de réus do mensalão: José Dirceu e José Genoino.

A agremiação planeja esticar os festejos até fevereiro, quando realiza o seu 4º Congresso Nacional.

É nesse encontro que a candidatura presidencial de Dilma Rousseff será retirada do armário. Até lá, o PT espera já ter organizado o altar da candidata.

Move-se para converter em casamento o acordo pré-nupcial que celebrou com o maior parceiro do consórcio partidário que gravita em torno de Lula.

Na plenitude de sua maturidade, bafejada por encantos irresistíveis, a legenda empurra sua presidenciável para o colo do velho e bom PMDB.

Escrito por Josias de Souza às 05h03

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Do ex-PT para o ex-PFL: Não vamos ficar tripudiando

Se o ‘Panetonegate’ ocorresse em algum ponto da década de 90, o PT já estaria de quatro, urrando e mordendo os calcanhares do PFL.

Para sorte do DEM, a experiência de poder fez do ex-PT uma legenda que cultiva velhos sentimentos de culpa.

O partido de Lula ainda se lembra das coisas que fez. Sabe que a aética é uma dimensão que existe nos seus quadros ou nos de qualquer outra agremiação.

Como já fez o diabo, o petismo reage com moderação às trangressões do ‘demo’. Vale a pena ouvir José Eduardo Dutra, que acaba de ser eleito presidente do ex-PT:

"Passamos por um episódio muito traumático em 2005. Nós nos comportávamos como se fossemos freiras, mas descobrimos que não éramos. Agora..."

"...Não vamos ficar tripudiando a oposição. O DEM queria acabar com a nossa raça durante o mensalão, mas não vamos apontar o dedo em riste para o partido neste momento".

Escrito por Josias de Souza às 04h38

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Rosanne D'Agostino
Do UOL Notícias
Em São Paulo
O esquema de propina envolvendo o governador José Roberto Arruda e seu vice, Paulo Octávio, no Distrito Federal, pode ser definitivo para acabar com o projeto de mudança de imagem que a sigla de ambos, o DEM (Democratas), vem construindo desde 2005.


O antigo PFL (Partido da Frente Liberal), que mudou de nome em 2007, passou por uma fase de "refundação". A renovação (palavra muito usada por líderes do partido na fase de mudança) inflou nomes como o atual prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, o atual presidente da sigla, Rodrigo Maia, além do próprio Arruda, único governador eleito pelo DEM em 2006.

Agora, um dos principais nomes dessa nova fase aparece em vídeos como líder de uma organização que faria pagamento de propina a deputados distritais aliados, em troca de apoio na Câmara Legislativa.

Arruda, que antes de entrar no PFL foi líder do governo Fernando Henrique Cardoso no Senado e deixou o partido tucano em meio a seu envolvimento com o escândalo da violação do painel do Senado, em 2001, nega as acusações e afirma que todos os recursos foram contabilizados.

Para Hilton Cesario Fernandes, mestre em ciência política, o partido "acaba de ter uma vidraça quebrada".

"Para o DEM, é muito ruim mesmo. O partido vinha de uma mudança, e o Arruda era uma das imagens dessa mudança. Agora, terá menos força de negociação, além de perder força de oposição, que poderia bater sem ser atacado", diz o professor da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo.

José Paulo Martins Jr., doutor em ciência política da fundação, vai mais longe e acredita que o escândalo representa um "naufrágio" do já fraco DEM.

"O PFL, atual DEM, está definhando há um certo tempo. Perdeu governos, prefeituras. É um partido de caciques, que desde sua fundação, esteve ao lado do governo. Hoje, está distante de recursos governamentais e, agora, sob esse escândalo. A tendência é o naufrágio", avalia.

Ainda conforme os especialistas, as acusações contra Arruda não são o grande problema do partido. "A cada eleição a sigla se desidrata", diz o professor, que cita os números das últimas eleições. Em 1998, o DEM elegeu 105 deputados federais e seis governadores. Em 2006, foram 65 deputados federais e apenas o governador do DF.

"Até o ano 2000, podia ser chamado de partido nacional. Hoje é regionalizado e bem fraco. Mas tudo isso não decorre do escândalo. O problema é que o principal discurso dessa fase de renovação era o da ética, que evapora. A melhor coisa é tentar isolar, mas é difícil, porque é o único governador", conclui Martins.