sábado, 17 de abril de 2010

PSB marca reunião para decidir o que fazer com Ciro


Folha
Será no dia 27 de abril a reunião em que a Executiva nacional do PSB vai deliberar sobre o futuro de seu pseudopresidenciável, Ciro Gomes.



O encontro foi agendado depois que Ciro, hoje um candidato de si mesmo, converteu-se em franco atirador contra sua própria legenda.



Num par de artigos veiculados na página que mantém na web, Ciro cobrou “ousadia” do PSB. No último texto, anotou:



"O que é o PSB? Um ajuntamento como tantos outros, ou a expressão de um pensar audacioso e idealista sobre o Brasil? Vai se decidir isto agora".



A maioria do PSB pende para o apoio a Dilma Rousseff, a candidata de Lula. Parte-se do raciocínio de que o projeto de Ciro não decolou.



Emparedado por Lula, Ciro não conseguiu atrair para o seu lado nenhum outro partido.



Candidatando-se, o deputado teria escassos dois minutos para vender o seu peixe no rádio e na televisão.



De resto, os índices obtidos pelo ‘quase-ex-futuro-candidato’ nas pesquisas não lhe conferem a musculatura de um concorrente competitivo.



No primeiro artigo que pendurara na internet, Ciro convidara o PSB a "pensar grande". Argumentara que, mesmo que sua cruzada resultasse em derrota, o partido sairia no lucro.



Valendo-se de uma metáfora futebolística, Ciro dissera que time que não joga não atrai torcida.



Invocara o exemplo do próprio Lula, derrotado três vezes antes de virar presidente. O PSB não parece sensibilizado pelos argumentos. Longe disso.


Escrito por Josias de Souza às 23h39

sábado, 10 de abril de 2010

Ainda insuficiente, doação ao PV sobe 1.000%

da Folha Online

Infladas por empresários simpáticos à pré-candidatura presidencial de Marina Silva, as doações ao PV passaram de cerca de R$ 20 mil em todo o ano passado para R$ 200 mil somente entre janeiro e março de 2010, um avanço de 1.000% até o momento.

Esse salto, porém, não significa fartura na campanha da senadora acriana nem alívio no caixa do partido.

Tal montante, oriundo de pessoas físicas filiadas ou não à legenda e alavancado por depósitos via internet, não consegue cobrir nem mesmo a produção do mais recente programa partidário de TV, veiculado no início deste mês e que consumiu cerca de R$ 300 mil.

Os limites orçamentários também travam o avanço da pré-campanha da senadora.

As pesquisas de opinião, por exemplo, usadas pela coordenação de campanha para guiar os focos da agenda e dos discursos de Marina, têm sido encomendadas apenas diante de "novos fatos", como no caso das recentes inserções na TV. Isso porque cada uma custa em torno de R$ 40 mil.

"A gente tem feito até menos [pesquisas], justamente pela falta de recursos. Ou seja, neste momento ainda não podemos fazer o que gostaríamos", afirma o secretário de finanças do PV, Reynaldo Morais.

Outra limitação: por conta das despesas com passagem e hospedagem, nem todos os auxiliares da pré-campanha têm acompanhado a senadora nas viagens pelos Estados.

A partir de julho, com o início oficial da campanha e o consequente aumento do ritmo de deslocamentos, Marina deve ter à disposição um jatinho. Alguns dos empresários simpáticos à sua candidatura já ofereceram suas aeronaves ao PV.

Marina trabalha para ter o empresário Guilherme Leal, fundador e presidente do Conselho de Administração da Natura e filiado ao PV, como o vice de sua chapa. Ele pediu ao partido que aguarde até junho para uma definição.

Por ora, o partido tem se virado com o dinheiro do Fundo Partidário, como são chamados os repasses às legendas definidos em lei. Por este meio, o PV recebeu neste ano R$ 1,6 milhão, ante R$ 6,4 milhões do PT e R$ 5,9 milhões do PSDB.

O sistema on-line do PV ainda não permite doações via cartões de crédito e de débito, apenas com boleto bancário. Oficialmente, o dinheiro é direcionado ao partido. Mas, na prática, é usado na pré-campanha eleitoral de Marina.

A meta do PV é arrecadar R$ 3 milhões dessa forma até o final da campanha, o que não inclui as doações de empresas. Só a pré-campanha de Marina está orçada em R$ 5 milhões.