quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Bancada Federal do PDT se solidariza com Lupi e

 Vieira da Cunha

Nota da Bancada do  PDT na Câmara

A Bancada do Partido Democrático Trabalhista (PDT) na Câmara dos Deputados vem a público repudiar veementemente os ataques e ofensas pessoais proferidas anonimamente contra o deputado federal Vieira da Cunha e o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, por diversos meios, inclusive, pichações em espaços públicos e privados nas cidades de Porto Alegre e Rio de Janeiro.
Reafirmamos nossa confiança na honra e no caráter dos companheiros absurdamente afrontados, que têm grandes serviços prestados ao PDT e à sociedade brasileira.
Por oportuno, requeremos  junto às autoridades competentes que tomem as medidas necessárias para identificar os responsáveis por estes atos criminosos e covardes, a fim que sejam exemplarmente responsabilizados civil e penalmente.
 
Brasília-DF, 19 de fevereiro de 2013.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Novo partido de Marina exige ficha limpa de candidatos

Novo partido de Marina exige ficha limpa de candidatos

Agencia Estado


Ex-senador Marina Silva deve concorrer à Presidência em 2014

De olho nas eleições presidenciais de 2014, a ex-ministra Marina Silva começou no sábado (16) a coletar assinaturas para criação de um novo partido político. Debaixo de gritos de "Brasil urgente, Marina presidente", ela foi lançada ao Palácio do Planalto por cerca de mil militantes da futura legenda, com nome oficial de Rede Sustentabilidade.
seus dirigentes partidários


Ao defender princípios éticos, Marina afirmou que a sigla não será "nem oposição, nem situação" ao governo de Dilma Rousseff, mas admitiu fazer "alianças pontuais" em torno de ideias.



Apesar de exigir "ficha limpa" para e candidatos, os filiados não precisarão seguir a mesma regra. O partido aceitará, por exemplo, quem tiver sido condenado por crimes como invasão de terra, que a cúpula da Rede classifica como "crime político".



"Para filiar não precisa de ficha limpa porque existem militantes que defendem a causa do movimento e que, por alguma perseguição política, respondem a processos judiciais", afirmou o deputado Walter Feldman (SP), que deixará o PSDB para ingressar no novo partido. Ele ressalvou, no entanto, que "não serão aceitos aqueles que respondem a crimes do colarinho branco, como corrupção."



A ex-senadora Heloísa Helena, por sua vez, avisou que "quem rouba não entra aqui". Em seguida, o ex-deputado do PT Marcos Rolim acrescentou que "alguns políticos" não entrarão no partido "nem se quiserem" e coube ao militante Martiniano Cavalcante nominá-los: "Paulo Maluf, Jader Barbalho e Renan Calheiros.. Outro militante emendou: "Nem José Sarney."



Ambiente



Com um discurso recheado de menções ao meio ambiente, Marina Silva afirmou que o novo partido não fará oposição ao governo Dilma. "Nós não seremos nem oposição nem situação à Dilma (Rousseff). Se a presidente estiver fazendo algo bom para o Brasil, nossa posição é favorável. Se ela for contra o Código Florestal, nossa posição é contrária", afirmou Marina, em um de seus discursos. "É um partido para questionar a si próprio. Não pode ser um partido para eleição", completou. "(O partido) não precisa ter postura de manada."



Marina disse também que o novo partido não é "nem de esquerda, nem de direita, nem situação, nem oposição. Estamos à frente."



Dizendo que são "diferentes", a ex-senadora e ex-ministra do governo Lula, Marina defendeu alianças partidárias. "Podemos fazer alianças pontuais. Não precisamos eliminar sonhos. Mas é preciso que fique claro que somos diferentes." Lembrou ainda que a nova legenda não tem "uma liderança única e, sim, multicêntricas".



O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), também presidenciável para 2014, a deputada Luíza Erundina (PSB-SP) e o frei Leonardo Boff limitaram-se a mandar mensagens escritas desejando sucesso ao novo partido. O cantor Gilberto Gil gravou um vídeo exibido na festa. O senador Eduardo Suplicy (PT-SP), esperado durante todo o dia, chegou somente no início da noite. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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sábado, 16 de fevereiro de 2013

Partido de Marina se chamará Rede Sustentabilidade




ERICH DECAT

MÁRCIO FALCÃO

DE BRASÍLIA


Lançado oficialmente neste sábado (16), o novo partido que terá como estrela principal a ex-senadora Marina Silva vai se chamar Rede Sustentabilidade. O número da legenda ainda deverá ser definido posteriormente pelos integrantes da legenda que se reúnem em Brasília.



Marina diz que nova sigla deve quebrar 'lógica de partidos a serviço de pessoas'

Gil destaca papel de liderança de Marina e diz que ela requalifica a dimensão da política

Adeptos de Marina ainda discutem estatuto de nova sigla



A definição do nome foi feita ontem após reunião entre os novos fundadores. "Ficou Rede Sustentabilidade. Fechado", disse à Folha o coordenador jurídico da Rede Própartido, André Lima. ''Tanto no conceito de rede quanto de sustentabilidade a ideia de força democrática é muito forte", acrescentou.



Sergio Lima/Folhapress



Heloísa Helena e Marina Silva na apresentação de seu novo partido, em Brasília



Segundo o coordenador, no dia a dia partidário o nome utilizado, no entanto, deve ser apenas Rede.



Conforme a Folha revelou na edição deste sábado, alguns pontos do estatuto ainda não têm consenso e, segundo Lima, precisarão ser aprimorados. Entre eles está o prazo de validade para os mandatos de um parlamentar eleito pelo partido. Inicialmente foi estabelecido um prazo máximo de 16 anos de mandato. No estatuto aprovado, o parlamentar vai poder concorrer apenas a uma reeleição.



A regra poderia impedir a própria Marina Silva se candidatar novamente, pois exerceu o cargo de senadora por 16 anos pelo Estado do Acre. Ela foi eleita para dois mandatos consecutivos, em 1994 e em 2002. Em 2010, disputou a Presidência da República.



No estatuto aprovado, o parlamentar vai poder concorrer apenas a uma reeleição.



"Se o candidato for muito bom, ele pode pedir um plebiscito interno para que todos os integrantes o endossem", explicou Lima.



Outro ponto acertado é a flexibilização da aplicação da "ficha limpa" para o registro de um novo filiado.



"O critério do ficha limpa é importante, mas não é absoluto. A pessoa foi punida, cumpriu a pena dela, por que não poderá ser mais militante?", ponderou o coordenador. Outros casos que poderão ser aceitos são aqueles em que o militante foi condenado exercendo atividades em movimentos sociais.



Com relação às doações, permaneceu o texto original que veta o recebimento de recursos de empresas dos setores de bebidas alcoólicas, cigarros, armas e agrotóxicos. Apesar de essa regra valer para as próximas eleições de 2014, ela não é considera uma "cláusula pétrea", podendo ser alterada em convenção.



Os apoiadores de Marina deixaram claro ainda que parlamentares considerados ficha limpa, mas com problemas na Justiça, também serão vetados. Foram citados como exemplos, durante entrevista coletiva, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) e Paulo Maluf (PP-SP).



Após o lançamento da legenda, para que ela seja criada de fato ainda é necessária a coleta de cerca de 500 mil assinaturas, em ao menos nove Estados, e a aprovação pelo Tribunal Superior Eleitoral.



A coleta deve ser iniciada nesta segunda-feira (18) e se concentrar na internet e em ações de colaboradores nos Estados, que deverão seguir a mesma ideia usada em 2010, quando voluntários montavam em suas residências comitês conhecidos como "Casa de Marina" para dar suporte à campanha presidencial da candidata.



MARINA



A ex-senadora Marina Silva defendeu o nome Rede Sustentabilidade para a criação de seu novo partido. Indiretamente, ela justificou porque evitou utilizar a palavra partido.



"Nós estamos aqui, não de uma forma carimbada, inventada, nós estamos sendo uma inovação na política", disse.



A Folha apurou que também foi cogitado o nome Rede Democrática, mas que perdeu força para evitar eventuais comparações ao DEM.



"Nosso nome, que vamos registrar, é Rede porque a pior coisa que tem é ficar se travestindo daquilo que a gente não é. Nós somos aquilo que nós já somos: uma rede. Se não fôssemos uma rede, não teríamos hoje mais de mil pessoas se organizaram para chegar aqui", completou.



O nome foi aprovado, por aclamação pela maioria, pelos participantes do evento. Durante a votação, houve algumas vaias.



Ela disse ainda que "ninguém está preso nesta Rede, mas embalado por ela".



A ex-senadora ainda argumentou que a ideia da Rede é reunir empresários, jovens em torno do diálogo por um Brasil sustentável.



CRÍTICAS



No evento, foi divulgado um manifesto apócrifo com críticas ao estatuto.



O evento reuniu em Brasília mais de 1.000 apoiadores do novo projeto e custou R$ 150 mil. A conta foi paga por cotas assumidas por 250 pessoas que fazem parte da fundação do Rede. Ficou acertado ainda uma doação mensal de R$ 10 a R$ 90 para esse grupo.



sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Câmara retoma articulação por projeto que obstrui novos partidos (Vera Magalhães)

Porteira fechada Com a abertura da temporada de proliferação de novos partidos, como o de Marina Silva, que será lançado hoje, a Câmara retomou articulação para votar neste semestre projeto que obstrui a criação de legendas. Capitaneada pelo PSD de Gilberto Kassab, a ideia tem apoio do PMDB, do presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (RN). Mas deputados do partido devem apoiar uma "janela" para permitir a troca de siglas. "É o único jeito de aprovar'', afirma um peemedebista.



Nem aí Na contramão dos interesses de Kassab e do governo, o PSDB não deve apoiar tentativas de melar o cronograma político de Marina. Os tucanos acham que, se for candidata, a ex-petista tira mais votos de Dilma Rousseff que da oposição.



Pay-per-view O Planalto vai acompanhar de perto a Convenção Nacional do PMDB, prevista para 2 de março. O temor é que Michel Temer e outros caciques usem o encontro para pedir mais ministérios para o partido. Dilma pretende manter as atuais cinco pastas da sigla.



Lobby inverso Para se contrapor à investida de Paulinho da Força (PDT-SP) contra a medida provisória dos portos, cinco entidades empresariais (CNI, CNA, CNC, CNT e Abdib) se reúnem na segunda-feira com a ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil) para dar suporte à proposta.



Piquete Sindicatos ligados à Força farão mobilização, também na segunda, em três portos do litoral paulista. Serão distribuídos cinco milhões de panfletos. Na terça-feira, têm programada plenária em Brasília para definir calendário de paralisações da categoria até o dia 6.



Discórdia O governo aposta na divisão entre os representantes dos trabalhadores. Anteontem, durante reunião com Gleisi, Paulinho defendeu a retirada da MP da pauta, enquanto Mario Teixeira, da Federação Nacional dos Conferentes de Cargas, se declarou a favor da medida.



Dura na queda No encontro com sindicalistas, a ministra defendeu a implantação dos 150 terminais de uso privativo previstos na MP. Entidades contrárias ao projeto alegam que os TUP reduzirão a importância e o movimento dos portos públicos.



Chuvas... Embora tenha evitado aparecer em público no momento agudo da enchente de anteontem em São Paulo, Fernando Haddad telefonou diretamente a subprefeitos para saber de providências tomadas nos pontos críticos de alagamento.



... e trovoadas Na avaliação do governo petista, a resposta oficial às cheias foi rápida. Mas a previsão é de que hoje e amanhã novos temporais tirem o sono do prefeito.



Em casa A bancada do PSDB pedirá que Geraldo Alckmin interceda para dar a um vereador a presidência paulistana da sigla. Embora Mario Covas Neto tenha se lançado, Andrea Matarazzo conta hoje com o respaldo da maioria dos colegas.



Medida certa Alexandre Padilha (Saúde) reagiu com humor à "bronca" que levou da "Dilma Bolada", paródia da presidente nas redes sociais. "Depois da observação da presidente sobre os meus quilinhos a mais, amanhã pisarei fundo na atividade física", brincou, no Twitter.



Rico Na sua mensagem à Assembleia baiana, Jaques Wagner (PT) confirmou que, apesar do ritmo lento da economia, vai estadualizar o metrô de Salvador e iniciar a construção da ponte ligando a capital a Itaparica.



Visita à Folha Andrea Ceccherini, presidente do Osservatorio Permanente Giovani-Editori, visitou ontem a Folha.



*

TIROTEIO



Contrariando a torcida dos adversários, o retorno do Roberto Jefferson à vida partidária ocorrerá mais rápido do que se imagina.



DO SECRETÁRIO-GERAL DO PTB, CAMPOS MACHADO, criticando movimento para esvaziar o poder do ex-deputado, que se recupera de um câncer, na sigla.



*

CONTRAPONTO



Folia doméstica



Durante o Carnaval, Eduardo Campos cruzou nas ruas de Recife com um folião sem fantasia, mas que exibia um adereço que lembrava uma casa em sua cabeça. Estranhando o figurino, o governador de Pernambuco quis saber que vestimenta era aquela. O homem respondeu:



--Minha mulher mandou que eu não saísse de casa. Caso ocorra qualquer coisa, o senhor vai ser minha testemunha, viu?



Campos, então, brincou:



--Pode deixar. Eu digo para ela que você não saiu de casa nem a casa saiu de você...



Com FÁBIO ZAMBELI e ANDRÉIA SADI





Vera Magalhães é editora do Painel. Na Folha desde 1997, já foi repórter do Painel em Brasília, editora do caderno 'Poder' e repórter especial.



quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Partido de Marina prevê limitar mandato de parlamentares


ERICH DECAT

DE BRASÍLIA



Previsto para sair do papel neste sábado (16), o estatuto do novo partido da ex-senadora Marina Silva prevê um prazo de validade para o mandato dos parlamentares que escolherem embarcar na legenda.



O capítulo da minuta do documento que trata sobre as escolhas dos candidatos às eleições proporcionais e majoritárias estabelece: "não poderá se apresentar como pré-candidato ou pré-candidata para postular o mesmo cargo, o parlamentar que já tiver exercido 16 anos de mandato parlamentar pela Rede".



Nova sigla de Marina impõe limite a doação de empresas



A restrição ao acúmulo de mandatos impediria, por exemplo, a candidatura do senador Eduardo Suplicy (PT-SP), um dos cotados para ingressar na nova sigla, que pretende disputar mais um mandato como senador em 2014. Ele está na Casa desde 1999.



O senador negou hoje que esteja de saída do PT para ingressar no novo partido de Marina, mas confirmou ter sido convidado para participar da reunião que vai marcar a fundação da sigla, no sábado (16).



A própria Marina Silva não poderia se candidatar novamente, pois exerceu o cargo de senadora por 16 anos pelo Estado do Acre. Ela foi eleita para dois mandatos consecutivos, em 1994 e em 2002. Em 2010, disputou a Presidência da República.



As regras previstas no documento ainda precisam ser aprovadas em assembleia que deve ocorrer durante o evento, em Brasília, no qual será lançada oficialmente a legenda.



Segundo pessoas envolvidas na criação do estatuto e ouvidas pela Folha, o artigo com o prazo de validade dos mandatos é consenso e não dever ser alterado. A ideia é evitar a criação de "parlamentares profissionais".



Após o lançamento da legenda, para que ela seja criada de fato ainda é necessária a coleta de cerca de 500 mil assinaturas, em ao menos nove Estados, e a aprovação pelo Tribunal Superior Eleitoral.



A coleta deve se concentrar na internet e em ações de colaboradores nos Estados que deverão seguir a mesma ideia usada em 2010 quando voluntários montavam em suas residências comitês conhecidos como "Casa de Marina" para dar suporte à campanha presidencial da candidata.



Além do limite do tempo de mandato, enquanto estiver em exercício, o parlamentar deverá destinar 5% da remuneração mensal ao partido. A contribuição deve ser feita obrigatoriamente através de débito automático em conta corrente. Essa regra também vai valer para ocupantes de cargos executivos.



Em relação às doações de campanha, o partido vai vetar as oriundas do setor de bebida alcoólica, cigarro, arma e agrotóxicos. Um teto para doações de pessoas jurídicas e físicas deve ser discutido posteriormente.



Apesar do discurso de "transparência" e "criação de uma nova política", integrantes do movimento que organiza o encontro não souberam informar quanto deverá ser gasto com o evento deste sábado. A única informação dada, por meio da assessoria, é que o valor do aluguel do espaço para cerca de 1.500 pessoas deverá ser pago por meio da cotização dos 250 fundadores. Os custos com passagens e hospedagem dos futuros filiados e colaboradores ficarão a cargo de cada um.



NOME



No encontro deste sábado também deve ser escolhido o nome oficial do partido que deverá ter como eixo a palavra Rede.



Também estão em debate derivações como Rede pela Sustentabilidade, Rede Brasil Sustentável, Brasil em Rede, entre outros.

PARA VISUALIZAR MELHOR AS IMAGENS,

CLIQUE NO SEGUINTE LINK:

http://www1.folha.uol.com.br/poder/1230818-partido-de-marina-preve-limitar-mandato-de-parlamentares.shtml

Nova sigla de Marina impõe limite a doação de empresas

PAULO GAMA

DE SÃO PAULO



O estatuto provisório do novo partido que a ex-senadora Marina Silva decidiu criar veta o recebimento de doações de fabricantes de bebidas alcoólicas, cigarros, armas e agrotóxicos. A norma barraria até contribuições que a própria Marina recebeu em 2010, quando foi candidata à Presidência pelo PV.



Naquela campanha, ela teve entre seus financiadores a Ambev, que fez doações que somaram R$ 400 mil. No total, ela recebeu R$ 25 milhões.



Os setores banidos estão entre os grandes doadores eleitorais. Sozinhos, os quatro maiores doadores da indústria de bebidas repassaram R$ 100 milhões a candidatos desde 2002.



Marina foi procurada, via assessoria, para comentar as doações recebidas em 2010, mas não se pronunciou.



O manifesto político proposto para o novo partido defende o financiamento público de campanha e ataca a relação entre os "doadores e as leis feitas pelos eleitos".



Esse manifesto e a minuta do estatuto --que se refere ao novo partido apenas pelo nome de Rede --serão discutidos e votados em assembleia neste sábado, em Brasília.



A aprovação dos documentos é o primeiro passo para a ex-senadora tirar do papel o novo partido, com o qual pretende disputar novamente a Presidência, em 2014.



Depois disso, o partido, cujo nome ainda não está definido, terá de recolher cerca de 500 mil assinaturas para obter o registro. Para que possa disputar as eleições de 2014, o processo tem de estar finalizado até um ano antes da eleição, ou seja, até o próximo dia 4 de outubro.



Segundo o deputado Walter Feldman (PSDB-SP), que atua na criação do partido, a escolha do veto às doações foi "consensual". Ele diz que "é muito provável" que as restrições sejam ainda maiores "Nada impede que se amplie para empresas que fazem negócio com o poder público."



FICHA LIMPA



Além da proibição das doações, o estatuto prévio prega também o veto à filiação de pessoas enquadradas na Lei da Ficha Limpa e determina aos parlamentares da legenda um "combate rigoroso" a "privilégio ou regalia em termos de vencimentos normais e extraordinários".



De 2008 a 2011, Marina exerceu mandato no Senado, que paga 15 salários por ano e até R$ 38 mil de verba para o exercício do mandato.



Favorável à candidatura de pessoas sem filiação partidária, a Rede permitirá, segundo seu estatuto, que até 30% de seus candidatos sejam representantes movimentos sociais "que não pretendam exercer vínculos orgânicos" com nenhuma legenda.



A Lei Eleitoral, no entanto, exige que um candidato tenha filiação partidária, o que obrigaria mesmo essas pessoas a ter registro no partido.



Apesar de serem tratadas como independentes, o partido exige que elas não atuem "frontalmente" contra o estatuto, o programa e o manifesto da legenda.



Em vídeo divulgado ontem, Marina disse que o partido será "uma ferramenta nova" para "integrar o esforço em busca da sustentabilidade no espaço da política institucional".



A Rede, como é chamada por enquanto, aposta na mobilização via internet para conseguir as cerca de 500 mil assinaturas necessárias no prazo legal. O partido quer disponibilizar em seu site as fichas para que os apoiadores imprimam e assinem.



Editoria de Arte/Folhapress


PARA VISUALIZAR MELHOR A FOTO E O QUADRO ABAIXO, CLIQUE NO SEGUINTE LINK:

http://www1.folha.uol.com.br/poder/1230369-nova-sigla-de-marina-impoe-limite-a-doacao-de-empresas.shtml



terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Caravana de Lula será pré-campanha de Dilma (Josias de Souza)


Em privado, Lula diz que a “caravana” que fará nos próximos meses será “parte da pré-campanha” pela reeleição de Dilma Rousseff. “Ela não pode fazer campanha, mas eu posso”, afirma, referindo-se às limitações legais de sua afilhada política.




O morubixaba do PT conta que percorrerá o país “articulado” com Dilma. Já conversou com ela a respeito. Pediu-lhe que não dê ouvidos à “conversa fiada” segundo a qual ele poderia ser, de novo, candidato ao Planalto. “Não existe essa hipótese”, enfatizou na semana passada a petistas que o visitaram.




Lula diz que é preciso respeitar a “simbologia” da política. Acha que, se abandonasse Dilma, deixaria de fazer sentido. “Então eu escolho uma mulher, ela faz um bom governo e eu a atropelo? Não vou fazer isso”. Lula realça que a pupila está bem-posta nas pesquisas.





Mais: como que empenhado em esvaziar o balão de ensaio insuflado pelo pedaço do PT que sonha com seu retorno, Lula soa categórico: mais adiante, diz ele, “mesmo se a Dilma não estiver tão bem, eu vou me abraçar com ela.”




Há cinco dias, Lula livrou-se do último resquício do tratamento do câncer na laringe. Foi liberado pela fonoaudióloga. Diverte-se ao discorrer sobre o uso que pretende fazer da voz nos deslocamentos da propalada caravana.






“Vou falar um bocado de besteira”, diz Lula, entre risos. Acha que os antagonistas do PT, à frente o tucanato, morderão a isca. “Vão brigar comigo e esquecerão a Dilma.”



Escorando-se na sua decantada intuição, Lula antevê o compartamento da oposição: uma parte dirá que Dilma é mais sóbria que o mentor. Outra parte dirá que o criador quer tomar o lugar da criatura. Num caso ou noutro, Dilma lucrará com a superexposição.



Lula vai prepara o flerte com os refletores num instante em que Dilma enfrenta uma conjunção de dois elementos venenosos: PIB em baixa e inflação em alta. Até onde a vista alcança, o governo está acuado. Na outra ponta, Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), potenciais adversários de Dilma, estão assanhados.