Inteligência Artificial e Robótica (Blog N. 152 do Painel do Professor Paim) - O Porta-Voz
domingo, 30 de agosto de 2009
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
PT é refém de Lula - Kennedy Alencar
Até o anúncio do resultado da sucessão presidencial de 2010, não há a menor chance de um levante ou racha petista influenciar os rumos que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva dita ao partido. Motivo: não existe um líder no PT capaz de se contrapor à força de Lula.
Desde de 2004, quando José Dirceu ainda era o poderoso chefe da Casa Civil e quase beijou a lona por causa do episódio Waldomiro Diniz, começou a novela de destruição de biografias do PT. Caíram todos aqueles que poderiam, com algum brilho ou poder próprios, contestar ou persuadir Lula.
Ao longo desses seis anos e oito meses de governo, Lula cresceu, e o PT diminuiu. Governadores, senadores, deputados e a cúpula da máquina petista têm sido solenemente ignorados pelo presidente.
Ao escolher a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) como candidata à sua sucessão, Lula nem disfarçou. Não chamou para jantar no Palácio da Alvorada a cúpula partidária a fim de pedir opinião. Apontou o dedo para Dilma e ponto.
Isso causou mal-estar no partido. Muita gente reclama nas conversas reservadas, mas falta coragem para discordar de um presidente com 67% de índice ótimo/bom, segundo a mais recente pesquisa Datafolha publicada no último domingo.
O salvamento de José Sarney, portanto, é apenas mais um capítulo da novela de destruição de biografias petistas. Escaldado pelo mensalão, Lula abraçou Sarney a fim de manter a governabilidade no Senado na hora da CPI da Petrobras e praticamente consolidar a aliança PT-PMDB pró-Dilma.
O senador Aloizio Mercadante (PT), que já havia sido posto para fora do jogo principal com o dossiê dos aloprados (campanha de 2006), obteve a proeza de se enfraquecer ainda mais. Ficou mal com Lula, PMDB, colegas do PT e o eleitorado ao qual pretende pedir a reeleição em outubro de 2010.
Depois de anunciar uma saída irrevogável, Mercadante permaneceu na liderança do PT no Senado. Na prática, como mostrou a crise do Senado, ele não lidera a bancada.
Os grupos que hoje controlam a máquina petista estão aboletados em seus cargos no governo. Poucos deixarão o partido. A atual crise se limita a uma parte da bancada do Senado.
A maioria petista vai aguardar o resultado da aposta em Dilma. Se der errado, Lula ouvirá que o PT fez tudo o que ele quis. Haverá choro, promessas de renovação, mas o partido permanecerá refém do lulismo porque Lula continuará maior do que o PT. Lula será a única perspectiva de volta ao poder.
No cenário de vitória de Dilma, o petismo deverá coadjuvar o PMDB no futuro governo.
O PT deverá completar 30 anos em 2010 mais dependente da figura de Lula do que na época em que um líder sindical barbudo fundou a legenda.
* Pensata: Kennedy Alencar
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
Lula nega crise no PT e diz que partido "continua forte"
da Agência Brasil
da Folha Online
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou nesta quinta-feira que exista crise no PT e afirmou que o partido "continua forte e com muitas possibilidades".
Mercadante anunciou hoje que renunciará à liderança do PT e que o desligamento seria oficializado por meio de discurso na tribuna do Senado, marcado para as 15h. No entanto, após ser chamado por Lula para uma conversa, ele adiou o anúncio.
O líder alegou, nas conversas com os senadores do partido, que não concorda com a postura da direção nacional da legenda, que orientou a bancada do partido no Senado a votar pelo arquivamento dos 11 processos contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).
Lula também comentou a decisão do senador Flavio Arns (PT-PR) de deixar o partido nos próximos dias. "O Flávio Arns é um senador de primeiro mandato, é um companheiro que tem seus valores, mas sempre foi muito encrencado com o PT", disse o presidente em entrevista a emissoras de rádio no Rio Grande do Norte.
Arns disse que irá deixar o PT por entender que a legenda abandonou suas bandeiras da ética e da transparência ao se posicionar favorável ao arquivamento das denúncias contra Sarney.
Marina Silva
Lula desejou sorte à senadora Marina Silva, que deixou ontem o PT. "Se a pessoa quer sair de um partido, não está confortável, é um direito da pessoa. Se ela quis fazer um opção e não me procurou para conversar é porque ela estava com a opção feita. Acho que, da mesma forma que veio para o PT, ela pode sair do PT. Saiu porque quis sair e espero que ela tenha sorte e que tudo que ela planeje dê certo."
O presidente destacou que Marina deixou o ministério do Meio Ambiente em seu governo porque pediu demissão. Ele disse que sua relação com a senadora é superior à relação partidária e não muda em nada.
"Minha relação com a Marina não muda absolutamente nada, eu continuo gostando dela, achando [que ela é] um quadro extraordinário."
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
Para Aécio, Lula e o país vivem sob "ditadura do PMDB"
Marco Bahe
Especial para o UOL Notícias
No Recife
O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), disse hoje que o governo Lula e o Brasil vivem "uma ditadura do PMDB". Para o tucano, "é preciso reverter a lógica do país a serviço de um partido político". Aécio está no Recife cumprindo agenda como pré-candidato à Presidência da República no Nordeste.
* Marco Bahe/UOL
Aécio Neves (PSDB), centro, encontra-se hoje com o presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra (dir.), e Fernando Gabeira (PV), pré-candidato ao governo do Rio de Janeiro
"Não se pode submeter o seu governo [governo Lula] a uma ditadura de qualquer partido, qualquer que seja ele. No momento em que o PMDB não for o único responsável pela governabilidade, eu acredito que não seja, ele não terá o espaço que ele vem tendo hoje. É exagerada a presença hoje do PMDB [no governo]. Da mesma forma que é difícil governar sem o PMDB, não é apenas o PMDB que governa o país.
Prestigiar quadros qualificados de um partido é uma coisa, o PMDB tem seus quadros. Se submeter às indicações do partido, quaisquer que sejam elas, é uma coisa muito diferente", criticou.
Aécio, porém, acredita que é possível extrair das alas peemedebistas um grupo comprometido com um novo projeto de país "sem fazer a relação que se construiu no Brasil, com a troca tão explícita de favores por espaço de poder".
"Uma parcela do PMDB certamente se disporia a participar conosco desse novo projeto.
Acredito muito que governos exitosos, eficientes, tendem a atrair apoios. O PMDB e outros partidos políticos tenderão a se aproximar de um governo que tenha metas, que apresente resultados e sejam bem avaliados pela opinião pública", finalizou.
UOL Celular