terça-feira, 24 de abril de 2012

Na pauta do TSE, ação do PSD por verbas e TV (Josias de Souza)


A pedido do ministro relator Marcelo Ribeiro, foi incluída na pauta do TSE a ação na qual o PSD do prefeito Gilberto Kassab reivindica acesso às verbas do Fundo Partidário e, em consequência, ao horário partidário no rádio e na tevê.

Prevê-se que o julgamento deve ocorrer ainda na sessão marcada para a noite desta terça (24). A decisão do tribunal é aguardada com vivo interesse. Dela depende o futuro do PSD e várias das articulações de 2012.
Pela lei, têm direito ao rateio do fundo partidário e a espaço na vitrine eletrônica as siglas que elegeram deputados federais. A cifra e o tempo são definidas conforme o tamanho das bancadas. Quanto mais deputados, maiores os direitos.
Fundado no ano passado, o PSD não foi batizado nas urnas de 2010. Alega, porém, os deputados que se filiaram ao novo partido –52 no total— trouxeram junto com eles os votos recebidos por outras legendas.
As 20 agremiações que perderam deputados para o PSD –o DEM à frente— discordam da tese. Sustentam que o partido de Kassab deve ser mantido a pão e água até a próxima eleição geral, que só ocorrerá em 2014.
Se der razão aos antagonistas do PSD, o TSE mandará a turma de Kassab a um purgatório que, no limite, pode levar ao esvaziamento do novo partido. Afora o torniquete financeiro, a legenda iria ao mercado das coligações de 2012 sem tevê, a mercadoria mais valiosa nesse balcão.
Se o TSE acatar o pedido do PSD, vão à grelha as legendas lipoaspiradas pelo partido de Kassab. Os prejuízos serão disseminados. Mas nenhuma agremiação sofrerá tanto quanto o DEM.
Em parecer enviado ao relator, o procurador-geral da República Roberto Gurgel opinou contra os interesses de Kassab. Citou decisão do ministro Carlos Ayres Britto, do STF.
Ao julgar processo no qual o PSD reivindicava o direito de participar das comissões da Câmara, Ayres Britto disse “não”. Argumentou que o novo partido não passara pela “pia batismal” da eleição. Não pode, portanto, ser igualado aos outros.
É contra esse pano de fundo que os sete ministros que integram o plenario do TSE terão de julgar. Sempre há a possibilidade de um dos julgadores pedir vista do processo. Nessa hipótese, a decisão seria adiada.

segunda-feira, 23 de abril de 2012


Datafolha envia oposição da enfermaria para UTI (Josias de Souza)



Saiu mais uma pesquisa do Datafolha. Tomada pela fachada, faz reluzir o já sabido: a popularidade do governo Dilma sobe. Foi de 59% em janeiro para 64% agora. Tomada pelo miolo, acende uma luz no fim do túnel da oposição. Luz vermelha. São três os dados que piscam para os antagonistas do petismo:
1. Perguntou-se ao meio-fio quem deve disputar a Presidência em 2014: Dilma ou Lula? A maioria (57%) prefere Lula a Dilma (32%). Para 6%, nenhum dos dois deveria disputar. Outros 5% não souberam responder. Ficou entendido que, se quiser e a laringe deixar, o ex-soberano continua na pista.
2. Indagou-se ao asfalto como votaria se o segundo turno de 2010 se repetisse hoje. Descobriu-se que os 56,05% amealhados por Dilma há um ano e cinco meses viraram 69%. E os 43,95% obtidos por Serra murcharam para 21%. Quer dizer: se Lula não quiser ou não puder, a pista é de Dilma.
3. Entre os eleitores que dizem ter votado em Serra, 52% avaliam a gestão Dilma como ótima ou boa. Entre os que se apresentam como simpatizantes do PSDB, a taxa de aprovação da presidente do PT vai a 60%. Ou seja: no pedaço do eleitorado mais afeito ao tucanato, a maioria caiu de amores por Dilma.
Nos últimos tempos, a oposição mata o tempo perguntando a si mesma –e não respondendo— que diabo, afinal, está fazendo neste mundo. Considerando-se os dados da sondagem, a resposta é nada. Frequenta a cena como visita. Quem tenta dar-lhe ouvidos ou escuta o silêncio ou não entende o que ouve.
Já se sabia que falta discurso à oposição. Descobriu-se que não será fácil arranjar um. A idéia segundo a qual um candidato como Aécio Neves pode apresentar-se como melhor alternativa “a tudo isso que está aí” demanda uma pré-condição: a pregação não pode agredir a agredir a realidade.
Por exemplo: o Datafolha informa que 49% dos eleitores acham que a situação econômica do país vai melhorar. Outros 39% avaliam que a coisa ficará como está. Apenas 13% apostam que o cenário vai degringolar. Em junho do ano passado, 51% imaginavam que os preços subiriam. Hoje, esse contingente caiu para 41%.
Primeiro da fila do PSDB, Aécio prevê que a crise internacional reserva dias piores para o Brasil. Ainda que o tempo lhe dê razão, se disser em público o que rumina em privado será visto não como alternativa, mas como mais um membro do clube do ‘quanto pior melhor’.
Por ora, o que a maioria vê nas gôndolas é a carestia contida. No Banco Central, vê-se a faca dos juros. No Planalto, desponta uma presidente que ordena às casas bancárias estatais que ofereçam taxas menores à clientela e abre guerra contra a banca privada para forçá-la a fazer o mesmo.
Como se fosse pouco, o discurso da moralidade, que já fazia água, acaba de ser engolfado pelo Cachoeira. Demóstenes Torres, que se imaginava nascido para nadador, revelou-se um afogado. Há Agnelos com água pelo nariz. Mas também há Marconis. De uma correnteza assim, tão plural, pode emergir muita coisa, menos um discurso.
Em 2010, a oposição compensava a falta do que dizer superstimando a “ausência de candidato” do PT. Lula elegeu sua poste. A dois anos e meio de 2014, o tucanato e Cia. continuam sem saber o que dizer. A diferença é que o petismo agora tem dois candidatos: a pupila e seu patrono.
O Datafolha informa que a oposição brasileira foi transferida da enfermaria para a UTI. Vale repetir o velho bordão: pesquisa não é senão o retrato de um momento. Significa dizer que seria uma imprudência decretar em 2012 o resultado de 2014.
Algo, porém, é inegável: a oposição está diante de uma encrenca que lhe nega o papel que julga desempenhar melhor. O tucanato pode continuar dizendo que veio ao mundo como exemplo. Falta descobrir de quê.
O Plano Real é sonho velho. A estabilidade econômica foi como que apropriada por Lula. Ou a oposição coloca de pé uma utopia nova ou vai continuar arrastando a bola de ferro que torna os seus candidatos os mais cotados para fazer de um petista o próximo presidente da República.

sábado, 21 de abril de 2012

Jornal Tríplice Online ("THE THREE IN ONE POST), constituído pelo Google News, por Edson Paim Notícias e pelo Blog "Conversa Afiada", no Painel do Paim


"THE THREE IN ONE POST" (Jornal Tríplice Online) é a designação atribuída a cada uma das diversas trincas de sites que, no caso presente, está assim constituída: o da agência noticiosa "Google News", o de "Edson Paim Notícias" e o do Blog "Conversa Afiada", os quais o leitor poderá acessar, diariamente, desde a página inicial deste Blog, um dos 600 integrantes do Painel do Paim


No terceiro LINK de cada um dos Blogs do Painel estamos a inserir o website de uma publicação ou órgão que guardem pertinência com o nome do  Blog em questão.

Independentemente da data que apareça no frontispício do Blog acessado, o leitor terá a faculdade de atualizá-lo de modo automático, ao clicar em cada um dos LINKs supra referidos, podendo ocorrer novas postagens pelos detentores dos sites, inclusive nos momentos em que o Internauta estiver lendo o conteúdo até então existente. 

Para você ler as notícias que são postadas a cada instante (em tempo real), pelo Google News, além das contidas nas últimas atualizações dos sites de Edson Paim Notícias e do Blog "Conversa Afiada", basta clicar nos seguintes LINKs:

http://news.google.com/ 

http://www.edsonpaim.com.br/ 

http://www.conversaafiada.com.br/


Não obstante a redundância, as instruções acima objetivam a maior visibilidade pelo leitor,  pois existe, também, outra  maneira de acessar, todos os dias, Notícias publicadas pelo "Google News", por "Edson Paim Notícias" e pelo do Blog "Conversa Afiada", clicando  nos respectivos LINKs, situados ao lado direito desta página. 

A sequência dos LINKS é idêntica observada acima: 

O primeiro é o da agência noticiosa "Google News", o segundo é o de "Edson Paim Notícias" e, o terceiro é o do Blog "Conversa Afiada",  os quais conduzem o leitor às últimas Notícias dos Municípios, dos Estados, do País e do Mundo, publicadas nessa trinca de sites, o qual poderá se transformar no seu jornal diário, o "THE THREE IN ONE POST" (Jornal Tríplice Online)

Inês: Lula, Dilma e Maquiavel. Pobre oposição ( Maria Inês Nassif )


- Conversa Afiada - http://www.conversaafiada.com.br -



Inês: Lula, Dilma e Maquiavel. Pobre oposição
Posted By redacao On 19 de abril de 2012 @ 18:18 In Política | 109 Comments
 [1]

Saiu na Carta Maior artigo imperdível de Maria Inês Nassif:

[2]

A política brasileira, a virtude e a fortuna [2]

Depois de 27 anos de redemocratização do país, e de um período prolongado de luta aberta entre forças que se opõem no cenário político, talvez seja conveniente lembrar Maquiavel também no nosso pedaço de mundo, onde atribuímos à velha ordem excessivo poder para decidir nosso futuro.


Maria Inês Nassif


Houve um tempo em que a desenvoltura de velhas raposas da política tradicional, e uma vocação dessas lideranças para remar a favor da maré, davam a impressão, para quem as assistia do lado de fora do palco institucional, de que elas tinham um quase monopólio, um poder ilimitado de construir a história. Depois de 27 anos de redemocratização do país, e de um período prolongado de luta aberta entre forças que se opõem no cenário político, talvez seja conveniente lembrar Maquiavel também no nosso pedaço de mundo, onde atribuímos à velha ordem excessivo poder para decidir nosso futuro.


Dois governos de Luiz Inácio Lula da Silva e pouco mais de um ano com Dilma Rousseff – três gestões onde a disputa política saiu dos porões do poder e se escancarou para outros setores sociais – mostraram que o jogo político, mesmo quando escamoteado, é virtude e fortuna. Ou seja, nunca é produto exclusivamente da vontade de um governante, embora a virtude seja fundamental para mover um governo, e a fortuna, isto é, a roda da história, nunca acontece descolada da virtude.


As virtudes de um e outro governante não são iguais, mas já se pode dizer, com um alto grau de certeza, que o correr dos acontecimentos – a fortuna – foi adequada às diferenças entre Dilma e Lula. Dilma está no lugar e na hora onde tem que estar; Lula cumpriu o seu papel no seu momento. E o processo histórico, como se move, saiu de uma realidade onde o governo era defensivo e tinha como contraponto um presidente com raras qualidades de conciliação; para uma outra, em que o governo é ofensivo e a presidenta, sem habilidades específicas para manobrar a política institucional, encontra terreno para exercer a sua vocação maior, que é a de se contrapor.


A rápida intervenção de Dilma nos juros domésticos (o pesadelo para todos os governantes das últimas duas décadas) tanto pela via institucional, o Copom, como da pressão direta sobre os bancos, é o estilo Dilma, beneficiado pelo gradual abandono da ortodoxia econômica iniciada no governo Lula e pela crise mundial. A volta por cima da crise política do chamado “mensalão” de 2005, via apoio popular, é estilo Lula.


Nos mandatos de Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010), exceto em um breve primeiro ano de lua-de-mel com as elites políticas brasileiras, o governo foi mantido acuado na política institucional por uma minoria oposicionista amplificada por uma mídia hegemônica; e, no plano da sociedade civil, manteve uma aproximação permanente com setores não organizados, beneficiados pelos programas sociais e/ou atraídos pelo carisma do chefe do Executivo.


Com os movimentos sociais organizados o governo Lula não teve sempre um bom diálogo, mas o fato de ser entendido como um mal menor, contra um partido, o PSDB, que criminalizou a ação política desses setores, poupou-o de uma oposição forte à esquerda. O MST, por exemplo, nunca se declarou feliz com o PT no governo federal, mas foi atraído pelas suas próprias bases e pela opção do “mal menor” a se encontrar com o partido em períodos eleitorais, e a aliviar a pressão quando os setores conservadores tocavam fogo na política institucional.


O governo Dilma Rousseff mostrou algumas coisas mais. Primeiro, que no final das contas os estilos diferentes dos dois presidentes petistas vieram na hora certa. Em segundo, que a vontade pessoal de um mandatário popular conta, mas desde que ele entenda, conflua e aproveite o processo histórico que o levou ao poder.


Dificilmente o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria chegado ao final de seu mandato, se não tivesse algumas qualidades essenciais: a habilidade e pragmatismo de negociador sindical e uma grande facilidade para se fazer ouvir pelas massas, que deram a ele a sustentação política necessária para se contrapor a uma oposição fraca, porém associada a uma mídia tradicional hegemônica. Suas duas administrações, exceto a trégua inicial – necessária para atenuar os efeitos da investida especulativa do mercado financeiro no ano eleitoral de 2002 – ocorreram sob forte ofensiva. A pequena oposição falou grosso pela voz da mídia.


Dilma Rousseff tem outro perfil. Não teria cintura para sobreviver numa conjuntura política tão desfavorável como a enfrentada por Lula, mas o fato é que o governo de seu antecessor, os compromissos políticos assumidos por ele e a montagem de seu palanque permitem, ironicamente, que ela seja ela mesma. Se tivesse tentado ser Lula, teria fracassado. Além disso, uma gestão econômica que é continuidade do governo Lula, mas que é a sua praia, numa conjuntura que o mundo chafurda na lama do neoliberalismo, simplesmente desmonta qualquer oposição significativa às orientações de governo, e dão a ela dimensão própria no âmbito internacional, mesmo fazendo uma política externa de continuidade à anterior.


Dilma falou de igual para igual na Cúpula das Américas porque sabe ser positiva; mas tem o respeito da comunidade internacional não apenas porque é positiva, mas porque o ex-presidente Lula, que atuou com desenvoltura nessa área, deixou no passado o complexo de vira-lata neoliberal. Antes disso, a elite brasileira tomava como referência os países ricos nas formulações econômicas externas e extasiada, olhando para fora, deixava visível a enorme vergonha do próprio país.


Os êxitos do governo Lula encheram o palanque de Dilma e sua base aliada. A habilidade política de Lula costurou o resto. Sem isso, no entanto, dificilmente a presidenta teria condições de tentar mudar os termos de relacionamento com a sua base parlamentar. E sem o estilo Dilma, seria complicado levar essa tentativa muito longe.


Também seria difícil manter o estilo Dilma nas relações políticas institucionais se a oposição, menor ainda do que era no governo Lula, não tivesse sido severamente atingida pela enorme crise decorrente das denúncias contra seu principal porta-voz, o senador Demóstenes Torres, envolvido com uma quadrilha comandada pelo contraventor Carlinhos Cachoeira. Não foi apenas a oposição que perdeu a credibilidade, mas a banda de música do DEM e do PSDB passou a ser menos crível numa mídia que acuou o governo passado, mas está acuada agora. Por mais irônico que seja, fica mais fácil agora para Dilma definir novas relações com o Legislativo. Ela não está na posição permanente defensiva em que Lula foi mantido nos seus dois governos, não tem as dívidas de gratidão que seu antecessor tinha com políticos tradicionais da base aliada e lida numa situação em que foi escancarado não apenas o uso da máquina administrativa pelos aliados, mas pelos próprios oposicionistas, ao que tudo indica um avanço sobre território alheio obtido pelo expediente da chantagem.


O momento é outro e o processo histórico anda, sempre. Qualquer análise política sobre o Brasil de hoje tem que se livrar dos fantasmas do passado e dar a eles sua devida dimensão. Esta é a condição para virtude e fortuna.


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[2] Maria Inês Nassif:

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sexta-feira, 20 de abril de 2012



Dilma diz que não vai se manifestar sobre CPI


Agência Estado


Em meio à instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) no Congresso, bancada pelo PT, mas contra a sua vontade, a presidente Dilma Rousseff evitou polemizar sobre o seu funcionamento, que irá investigar o envolvimento de políticos e empresários com o contraventor Carlinhos Cachoeira.
"Vocês acreditam mesmo que eu vou me manifestar, além das minhas múltiplas atividades que eu tenho de lidar todo dia, eu vou me interferir na questão de outro Poder? E eu não me manifesto sobre outro Poder, mas de maneira alguma.", declarou a presidente em entrevista no Itamaraty. Dilma defendeu, no entanto, que "todas as coisas têm de ser apuradas".
Na sexta-feira da semana passada, a presidente Dilma se reuniu com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, principal incentivador da instalação da CPI, com objetivo de abafar o julgamento do Mensalão, maior escândalo político de seu governo.
A presidente pediu cautela a Lula, temendo que a CPI possa respingar em seu governo, já que a principal empreiteira envolvida no escândalo, a Delta, é a construtora com o maior numero de obra do PAC - Programa de Aceleração Econômica.
"A CPI é algo afeto ao Congresso. O governo federal terá uma posição absolutamente de respeito ao Congresso nessa área.", afirmou a presidente, sem querer emitir juízo de valor sobre as investigações que serão realizada, mesmo diante da insistência da imprensa. A preocupação do Planalto é em relação às clássicas consequências de uma CPI, que todo mundo sabe como começa, mas ninguém sabe como termina. Esta foi a primeira manifestação da presidente Dilma em relação à instalação da CPI.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Em ofício dirigido a Maia e Sarney, PSDB pede um assento para oposição no comando da CPI (osias de Souza)


O PSDB decidiu formalizar uma reivindicação fadada ao insucesso. A legenda pedirá por escrito que os postos de comando da CPI do Cachoeira sejam compartilhados entre governo e oposição.
São duas as cadeiras que estão em jogo: a de presidente da CPI e, mais importante, a de relator. O tucanato invoca a “tradição” para reivindicar um dos assentos.
O pedido será encaminhado nesta quinta (12) aos presidentes da Câmara, Marco Maia, e do Senado, José Sarney. Assinarão a peça os dois líderes do PSDB: senador Alvaro Dias e deputado Bruno Araújo.
“Faremos um apelo para que se restabeleça a tradição do Parlamento de compartilhar o comando das CPIs entre a maioria e a minoria”, disse Álvaro. “Nesse caso do Cachoeira, o compartilhamento é ainda mais importante, sob pena de a investigação nasceu sob o signo da suspeição.”
Ouvido pelo blog, o líder do PT no Senado, Walter Pinheiro, deu de ombros: “Vale a velha regra. O maior partido da Câmara (PT) indica o relator e o maior partido do Senado (PMDB) indica o presidente –ou vice-versa.” E quanto à “tradição” do compartilhamento?
“Isso é conversa fiada”, disse Walter. “Na época em que eles tinham o comando total do Congresso, a gente não conseguia instalar uma CPI. Nos oito anos de Fernando Henrique eu não emplaquei nenhuma. Quando alguém conseguia, por descuido, a presidência e a relatoria eram deles. Nunca compartilharam nada.”
Alvaro como que antecipa um discurso que será repisado à exaustão nos próximos meses: “Se o governo controlar tudo, a CPI vai ser chapa branca.” Bruno, o tucano que lidera o PSDB na Câmara, reforça a pregação:
“Para que haja isenção, esperamos que o governo concorde com o compartilhamento. Do contrário, não haverá transparência nem serenidade. Compromete-se o objetivo central, que é o de investigar o que for preciso e esclarecer verdadeiramente os fatos.”
Alheio aos esperneios tucanos, o PMDB já busca um nome para a presidência da CPI. Está entre os senadores Vital do Rêgo e Cassildo Maldaner. Ao PT restará ocupar, gostosamente, a poltrona de relator –a mais importante em qualquer CPI.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

A volta dos que não foram: PR se rende a Dilma (Josias de Souza)



Depois de migrar da pseudo-independência para o suposto oposicionismo, o PR do Senado anunciou a formação de um blocoparlamentar com o protogovernista PTB. Tudo isso sem receber de volta o almejado Ministério dos Transportes.
E quanto àquela declaração de rompimento feita há um mês? Agimos no “calor das emoções”, disse o líder Blairo Maggi (PR-MT). Heim?!? “A nossa manifestação, naquela ocasião, foi mais pela falta de atenção do governo com o partido.”
O PR continuará “independente”, disse Blairo. Hã, como assim?!? “A presidente Dilma me convidou para voltarmos a conversar. É um bloco de apoio porque o PTB faz parte do governo. O PR está voltando a namorar com o governo.”
Ah, bom! Será uma independência dependente, bem subservientezinha

terça-feira, 3 de abril de 2012

Tratado como Arruda, Demóstentes critica DEM (Josias de Souza)



Despido da pompa depois de tropeçar na circunstância, Demóstenes Torres encontra-se em pleno processo de decomposição política. Uma semana depois de desligar-se da liderança do DEM, o senador viu-se compelido a desfiliar-se da legenda.
Bateu em retirada menos de 24 horas depois de o partido ter aberto contra ele um processo de expulsão. Em carta, Demóstenes queixou-se do tratamento recebido de sua agora ex-legenda:
“Embora discordando frontalmente da afirmação de que eu tenha me desviado reiteradamente do programa partidário, mas diante do pré-julgamento público que o partido fez, comunico a minha desfiliação do Democratas.”
Presidente do DEM, José Agripino Maia evocou Demóstenes para responder ao ex-Demóstenes. Disse que o partido deu ao filiado molesto uma semana para exercer o direito de defesa. “Coisa que ele nunca fez.”
Demóstenes, suprema ironia, recebe do DEM o mesmo tratamento implacável que dispensara a José Roberto Arruda. Ele próprio liderara o bloco do ‘mata-e- esfola’ que mandara à fogueira o penúltimo transgressor da agremiação.
“Defendo sempre a expulsão sumária”, dissera Demóstenes, em 2009, referindo-se a Arruda. Quer dizer: para o ex-Demóstenes, pré-julgamento nos olhos dos outros é refresco.

domingo, 1 de abril de 2012


Depois de ser flagrado em transação de R$ 175 mil com Cachoeira, Stepan pede licença do PPS (Josias de Souza)


COMENTÁRIO DO BLOG:

O PPS VIROU FARINHA DO MESMO SACO! 



O deputado federal Stepan Nercessian (RJ) pediu “licença” do seu partido, o PPS, neste sábado (31). Além de afastar-se temporariamente do partido, vai se desligar da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara.
As providências foram adotadas depois da revelação de que o deputado foi pilhado nos grampos da Operação Monte Carlos numa transação monetária com o contraventor Carlinhos Cachoeira.
Stepan recebeu do opeador de jogos ilegais, no ano passado, R$ 175 mil. Recebeu do operador de jogos ilegais R$ 175 mil. Incomodada, a direção do PPS cobrou explicações do filiado ilustre.
O deputado, então, enviou uma carta ao presidente do PPS, Roberto Freire. “Tendo o meu nome aparecido nas gravações que investigam a relação do sr. Carlos Ramos, Carlinhos Cachoeira, com parlamentares do Senado e da Câmara, solicito licença temporária do PPS.”
Licenciou-se também “de todos os cargos e funções” que ocupa na legenda, “até que todos os fatos sejam apurados e esclarecidos.” De resto, anotou: “Solicito também que o PPS, me substitua na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado […], tendo em vista que essa comissão participará das investigações que envolvem o caso Carlinhos Cachoeira.”
Goiano como Cachoeira, Stepan alega que mantém com o contraventor uma amizade que “dura mais de 15 anos”. Sustenta que o dinheiro que recebeu foi um “empréstimo”.
Nessa versão, o deputado decidira comprar um apartamento. Solicitara empréstimo num banco. Antes que o dinheiro saísse, recorreu ao “amigo”. Afirma que não chegou a usar o dinheiro de Cachoeira. Concretizada a transação bancária, devolveu a cifra.
Restituiu, porém, apenas parte da verba: R$ 160 mil, em vez dos R$ 175 mil. Afirma que os R$ 15 mil restantes foram usados para comprar ingressos do Carnaval carioca encomendados por Cachoeira. Colocou-se à disposição da Comissão de Ética do PPS
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