quinta-feira, 28 de abril de 2011

Rui Falcão deve ser o novo presidente do PT até 2013

José Eduardo Dutra deverá oficializar sua saída nesta sexta-feira
Priscilla Mendes, do R7, em Brasília

O atual primeiro vice-presidente do partido, Rui Falcão, deverá ocupar a presidência do PT até 2013. A indicação foi anunciada nesta quinta-feira (27) pelo líder do partido no Senado, Humberto Costa. Falcão substituirá José Eduardo Dutra, que se licenciou por motivos médicos.

Segundo Costa, o nome de Rui Falcão “foi apoiado por todos” e será apresentado ao Diretório Nacional já na reunião de amanhã.

- Estamos trabalhando para que a bancada atue de forma mais partidária e não quero deixar esse trabalho no meio do caminho.

Falcão ocupa interinamente a presidência do PT desde que Dutra se licenciou do cargo para tratamento de saúde, no dia 22 de março. A saída de Dutra deverá ser oficializada nesta sexta-feira (28), na reunião do Diretório Nacional.

A decisão foi costurada hoje durante reunião da CNB (Construindo um Novo Brasil), corrente majoritária da legenda, que ocorreu em Brasília.

Rui Falcão já presidiu o PT em 1994, quando Luiz Inácio Lula da Silva disputou sua segunda eleição presidencial. No ano passado, foi um dos coordenadores da campanha de Dilma à Presidência e entrou em rota de colisão com Fernando Pimentel, hoje ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.


À época, tanto Falcão quanto Pimentel tiveram os nomes envolvidos em denúncias relativas à espionagem de tucanos. Os dois sempre negaram as acusações.

O senador Humberto Costa aposta também na volta de Delúbio Soares ao partido.

- Pelo que eu tenho sentido dentro de todas as correntes do PT, muito provavelmente será aprovada a refiliação dele.

O ex-tesoureiro do PT foi expulso do partido em 2005 por conta do envolvimento no mensalão. Delúbio foi convidado a regressar ao partido nesta semana, quando vários caciques do partido defenderam sua volta.

Na manhã desta quinta-feira, Delúbio chegou a entregar uma carta – de apenas três parágrafos – à Executiva Nacional em que pede sua reintegração.

O objetivo da CNB é levar o reingresso de Delúbio à votação no Diretório Nacional. Na primeira parte do encontro, os petistas deverão tratar na conjuntura econômica do país e, na parte da tarde, discutir sobre reforma política.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, foi convidado a participar da reunião de amanhã, mas ainda não confirmou presença. Também convidado, o presidente do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), Marcio Pochmann, deverá comparecer.

quarta-feira, 27 de abril de 2011


Anderson PassosAgências
Rodrigo Garcia deve ir para Desenvolvimento Social; Afif será substituído por tucano Paulo Barbosa na pasta de Desenvolvimento Econômico - São Paulo
 
Em meio à debandada e à troca de farpas de quadros que estão deixando o PSDB, o governador Geraldo Alckmin articula nos bastidores para garantir a participação do aliado DEM no governo estadual numa tentativa de reforçar a aliança construída na gestão José Serra e ainda para tentar demover parte dos vereadores que anunciaram sua saída do PSDB.



No plano do governo, a estratégia, construída numa reunião que teve à mesa representantes do governo, a cúpula nacional do DEM - representada pelo presidente nacional do partido Agripino Maia - e lideranças da Assembleia Legislativa selou ontem a saída do vice-governador Guilherme Afif Domingos da pasta de Desenvolvimento Econômico. 
 
 
Afif acompanhou o prefeito da capital, Gilberto Kassab, no projeto de fundar o PSD, o que gerou desconforto entre os Democratas, que reclamaram de perda de espaço no Palácio dos Bandeirantes - sede do governo paulista.



A articulação definiu que o DEM ficará com a pasta de Desenvolvimento Social, hoje sob os cuidados do deputado estadual Paulo Barbosa (PSDB). O Democratas vai indicar o deputado federal Rodrigo Garcia para a vaga enquanto Barbosa ocupará a pasta de Desenvolvimento Econômico, tocada por Afif. 
 
Entre os projetos contemplados pela pasta a ser ocupada pelo DEM estão o programa Bom Prato, que serve 44 mil refeições por dia a R$ 1, e o Viva Leite, que distribui leite para 700 mil famílias por mês. Alckmin quer fazer dessas e de outras iniciativas da secretaria uma marca social de sua segunda passagem pelo governo paulista.



Por ora, a pasta de Agricultura e Abastecimento não faz parte dos planos do DEM. O governo procura um quadro técnico para a cadeira do secretário João Sampaio, que está demissionário. Fontes sinalizam que Sampaio pode ser substituído por Cesário Ramalho, presidente da Agrishow e da Sociedade Rural Brasil (SRB).



Vereadores



Outra frente de batalha de Alckmin é a Câmara de Vereadores de São Paulo que, recentemente, viu seis quadros abandonarem o ninho tucano. Ontem, o governador Geraldo Alckmin deu carta branca para que o líder da sigla na Casa, vereador Floriano Pesaro, procure os rebeldes.



A ofensiva foi definida após um café da manhã no qual participaram Pesaro e o secretário da Casa Civil, Sidney Beraldo.



"Não queremos que ninguém saia do partido", disse Floriano.



Para desfazer ou minimizar os estragos que culminaram na eleição do secretário de Gestão Pública Júlio Semeghini para a presidência do diretório do PSDB da capital, Alckmin admite oferecer cargos na executiva e na secretaria geral do diretório para atrair os insatisfeitos.



O partido corre contra o tempo já que, até o momento, nenhum vereador formalizou a desafiliação do PSDB. "Agora é sanar os erros cometidos neste processo, erros de avaliação política em relação a 2012. Erramos em não perceber que a força do PSDB se dá através de seus parlamentares", admitiu o líder na Câmara.



Na semana passada, os vereadores Dalton Silvano, José Police Neto, Ricardo Teixeira, Gilberto Natalini, Juscelino Gadelha e Souza Santos anunciaram a saída da legenda.



A crise no PSDB municipal é consequência do desgaste entre os vereadores, que apoiaram a eleição do prefeito Gilberto Kassab em 2008 e os alckmistas, que conquistaram o comando da sigla em São Paulo. As disputas internas na sucessão municipal agravaram a crise, que se arrastava desde 2008.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

PT supera PSDB em briga pela nova classe média


SÃO PAULO - Dados da última pesquisa Datafolha mostram que os eleitores da chamada  nova classe média, com renda mensal de 3 e 10 salários mínimos, são os que mais dizem preferir o PT, informa reportagem de Bernardo Mello Franco publicada na Folha de S. Paulo desta sexta-feira.
O PSDB registra seu melhor desempenho entre os brasileiros com renda familiar acima de 10 salários mínimos.

Na última semana, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso causou polêmica ao escrever em artigo que se os tucanos continuarem tentando dialogar com o "povão", acabariam "falando sozinhos". Na opinião dele, o partido deveria investir "nas novas classes médias".

As afirmações foram imediatamente rebatidas pelo também ex-presidente Luíz Inácio Lula da Silva, que afirmou não ter compreendido o 1que o adversário político quis dizer. "Nós já tivemos políticos que disseram preferir cheiro de cavalo do que de povo. Agora, tem um ex-presidente que fala para não ficar atrás do povão, esquecer o povão", disse o petista, citanto declaração do general João Batista Figueiredo, o último presidente durante a ditadura militar.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Usaram “desculpa pessoal” para sair do partido

R7 - ‎há 12 minutos‎
O presidente municipal do PSDB-SP, Júlio Semeghini, rebateu nesta segunda-feira (18) por meio de nota as acusações feitas pelo grupo de vereadores que decidiu deixar o partido. Os parlamentares alegaram terem sido excluídos da escolha da nova direção ...
TÔSABENDO.COM - Band - Rede Brasil Atual - Estadão

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Kassab diz que PSD nasce independente e deseja que DEM seja feliz

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, assinou nesta quarta-feira, a ata de fundação do PSD, em evento na Câmara dos Deputados.

Apesar da pressão dos governadores tucanos especialmente o de São Paulo, Geraldo Alckmin integrantes do DEM, PPS e até do PSDB assinaram, simbolicamente, a ficha de filiação ao novo partido.

A lista inclui o vice-governador da Paraíba, o tucano Rômulo Gouveia; a senadora Kátia Abreu (DEM), e o governador do Amazonas, Omar Aziz (PMN).

Ao discursar, Kassab disse torcer pelo sucesso do governo Dilma Rousseff e afirmou que o PSD nasce como um partido independente.

Embora se declare amigo do senador tucano Aécio Neves (MG), Gouveia disse que resistiu aos apelos do mineiro e avisou ao PSDB que trocará de partido. "Gosto de Aécio e atuei na campanha [presidencial] de [José] Serra. Mas, a partir de agora, serei fiel ao meu novo partido", afirmou ele, atribuindo a saída aos ataques do PSDB ao governo da Paraíba.

Todos os que assinaram a ficha simbólica de filiação manifestam a intenção de entrar no PSD. Mas ela só poderá ser consumada quando o partido estiver oficialmente formado.

Com o ato, Kassab tenta dar uma demonstração de solidez, já que a constituição do novo partido é cercada de dúvidas. Em entrevista, após a assinatura da ata de fundação, o prefeito sugeriu ao DEM, seu ex-partido, "que seja feliz".

domingo, 10 de abril de 2011

O rompimento de Bresser com o PSDB

Correio do Brasil

O ex-ministro do governo tucano de Fernando Henrique Cardoso e um dos fundadores do PSDB, Luiz Carlos Bresser Pereira, declarou-se desligado do PSDB, que, segundo ele, caminhou de forma definitiva para a direita ideológica.

O rompimento foi anunciado em artigo publicado, na véspera, no jornal Valor Econômico. Reproduzo aqui a síntese do artigo feita pelo portal Carta Maior:

“…fui rever as ideias do Fernando Henrique. Eu sabia que ele tinha deixado de ser esquerda, mas eu também tinha deixado um pouco de ser esquerda. Eu continuava um pouco e ele tinha deixado de ser mais do que eu…
Aí fui ler outra vez o livro clássico dele e do Enzo Faletto (“Dependência e Desenvolvimento na América Latina). E vi que Fernando Henrique estava perfeitamente coerente. O que é a teoria da dependência? É uma teoria que vai se opor à teoria cepalina, ou isebiana, do imperialismo e do desenvolvimentismo, que defende como saída para o desenvolvimento uma revolução nacional, associando empresários, trabalhadores e governo, para fazer a revolução capitalista. O socialismo ficava para depois.

A teoria da dependência foi criada pelo André Gunther Frank, um notável marxista alemão que estudou muitos e muitos anos na Bélgica e que em 1965 publicou um pequeno artigo chamado “O desenvolvimento do subdesenvolvimento”, brilhante e radical. É a crítica à teoria da revolução capitalista, à teoria da aliança da esquerda com a burguesia. É a afirmação categórica de que não existia, nunca existiu e nunca existiria burguesia nacional no Brasil ou na América Latina… Quando a burguesia nacional é compradora, entreguista, associada ao imperialismo, a única solução é fazer a revolução socialista. É bem louco, mas é lógico.

Aí vieram o Fernando Henrique e o Enzo Faletto e disseram que havia alternativa, a dependência associada. Ou seja, as multinacionais é que seriam a fonte do desenvolvimento brasileiro, cresceríamos com poupança externa. Era a subordinação ao império. Claro que o império ficou maravilhado….

O fato concreto é que no governo Fernando Henrique o partido já caminhava para a direita muito claramente. Daí o PT ganhou a eleição e assumiu uma posição de centro-esquerda, tornou-se o partido social-democrata brasileiro — e o PSDB, naturalmente, continuou sua marcha acelerada para a direita. Nas últimas eleições, ele foi o partido dos ricos. Isso, desde 2006.

É a primeira vez na história do Brasil que nós temos eleições em que é absolutamente nítida a distinção entre a direita e a esquerda, ou seja, entre os pobres e a classe média e os ricos. E um partido desse não me serve …”

sábado, 9 de abril de 2011

Representação pela expulsão de Kassab avança na direção do DEM

8/4/2011 12:40,  Por Redação - de Brasília
Gilberto Kassab
Gilberto Kassab ainda está filiado ao DEM

A representação do líder do DEM na Câmara dos Deputados, Antônio Carlos Magalhães Neto (BA), pela expulsão do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, do partido, seguiu nesta sexta-feira para a Comissão Executiva Nacional da legenda. O deputado alega que Kassab usou a estrutura partidária do DEM para criar uma nova agremiação, o Partido Social Democrático (PSD). ACM Neto argumenta que Kassab teria usado o Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) da Comissão Provisória do Estado de São Paulo, criada pelo DEM para registrar domínios da internet que seriam usados pelo PSD.
“Ele agiu deliberadamente contra o interesse do Democratas DEM, além de ter deixado de cumprir os deveres inerentes aos cargos partidários que ocupava com justeza”, alegou o deputado, na representação.
À partir desta segunda-feira, Kassab terá quatro dias para apresentar sua defesa. O relator do caso, no partido, é o deputado Mendonça Filho (PE). O prefeito de São Paulo, que ainda não se desfiliou oficialmente do DEM, anuncia há alguns dias a criação do PSD, mas o registro da nova legenda não foi feito no Tribunal Regional Eleitoral.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Kátia Abreu formaliza ‘migração’ do DEM para o PSD


Fábio Pozzebom/ABr
Durou pouco o “voto de confiança” que a senadora Kátia Abreu (TO) dissera que daria ao novo presidente do DEM, o também senador José Agripino Maia (RN).
Nesta quarta (6), Kátia anunciou o já sabido: vai migrar para o PSD, o partido empinado pelo prefeito paulistano Gilberto Kassab.
A senadora informou que foi sondada para ocupar a presidência da nova legenda. Estimou que o PSD terá 40 deputados federais.
Mais: vaticionou dias muito piores para o seu agora ex-partido. Por ora, sete deputados do DEM manifestaram o desejo de aderir ao PSD.
Segundo Kátia, o governador ‘demo’ de Santa Catarina, Raimundo Colombo, ainda analisa a hipótese de também bandear-se para o PSD.
"Ele deseja trocar”, disse a senadora, “mas está estudando o melhor momento. Depende da composição no Estado".
Se Colombo migrar, anteviu Kátia, “vem todo mundo”. Inclusive o presidente de honra do DEM, ex-senador Jorge Bornhausen, também catarinense.
Como se fosse pouco, Kátia relatou conversa que teve com o atual líder do DEM na Câmara, deputado ACM Neto (BA).
Contou que o neto de Antonio Carlos Magalhães, vai para o PSDB se a lipoaspiração converter o DEM numa legenda raquítica.
"Ele me disse há três semanas, e não pediu sigilo, que se houvesse uma saída forte do DEM, iria para o PSDB", confidenciou a senadora.
Realçou que a transferência de ACM Neto para o tucanato só pode ser materializada se houver uma fusão DEM-PSDB.
No dizer de Kátia, o PSD de Kassab não fará oposição do tipo que "tem sempre que dizer não como se fosse uma empresa de demolição".
Também não será governista de um estilo em que "é obrigatório dizer sim".
Afinal, que apito tocará o PSD? A senadora disse o que a legenda não fará. Não deixou claro, porém, o que a agremiação vai fazer.
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Escrito por Josias de Souza às 16h19

domingo, 3 de abril de 2011

PSDB se divide entre elogios e ataques a Dilma

Presidente PSDB, deputado Sérgio Guerra | Flickr - Photo Sharing!

 - 09:501 mar. 2011 ... O governador Antonio Anastasia recebeu, nesta terça-feira (01º/03), no Palácio Tiradentes, o presidente nacional do Partido da Social ...



Deputado federal Sérgio Guerra também não poupou criticas a integrantes da própria legenda


 O presidente nacional do PSDB, deputado federal Sérgio Guerra, deu nota cinco à administração da presidente Dilma Rousseff (PT), em uma escala de zero a dez, e informou que as críticas à administração federal estarão expostas, nos próximos dias, no programa eleitoral gratuito na televisão e no rádio.

Neste sábado (2), contudo, Guerra se dividiu entre elogios e ataques à Dilma. “(Ela) Mantém atitude discreta o que é bom para democracia - a gente sempre reclamou do excesso de palavras do presidente Lula que desequilibrava o ambiente democrático -  ela não. Fica no lugar dela fala a hora que tem que falar isso amplia o ambiente democrático”, afirmou. Em seguida, ele  afirmou que a petista “passa um rolo compressor no Congresso”.  As declarações foram feitas no início do encontro de governadores do PSDB, que acontece em Belo Horizonte. Além de Antonio Anastasia e Geraldo Alckmin, estão presentes outros seis governadores.

Antes da abertura dos trabalhos, Guerra fez neste sábado uma crítica velada a integrantes da própria legenda . Para o presidente do diretório nacional tucano, a maior legenda de oposição precisa de alterações. Candidato à recondução à frente do PSDB, ele disse que o desafio do próximo comando é acabar com o imbróglio interno. "Essa direção terá de quebrar estruturas que impedem o partido de se abrir e de crescer", criticou. Guerra negou que se referiu ao ex-governador de São Paulo, José Serra. Porém, disse que a legenda precisa falar a mesma língua em determinadas regiões. "Um segundo dado é fazer com que, onde esteja organizado, seja um mesmo partido", afirmou. Serra e Guerra se desentenderam após as eleições presidenciais. Aliados do ex-governador tentam ainda colocá-lo na presidência da legenda.

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